Kanye West vende camiseta com suástica após comercial no Super Bowl
Item com símbolo associado ao nazismo é o único produto disponível na loja do artista, que protagonizou uma sequência de polêmicas nos últimos dias
Na última semana, Kanye West protagonizou uma série de polêmicas. Primeiro, ele apareceu na cerimônia do Grammy ao lado da esposa lado da esposa Bianca Censori, que estava praticamente nua. Depois, o rapper fez uma série de publicações nas redes sociais com conteúdos antissemitas, além de dizer que tem "domínio" sobre a esposa e ainda se definir como nazista.
No último domingo (9), ele apareceu em uma propaganda da marca própria Yeezy veiculada durante o intervalo do Super Bowl, principal partida do torneio de futebol americano dos Estados Unidos.
Em um vídeo gravado pelo celular com duração de aproximadamente 30 segundos, o rapper aparece deitado em uma cadeira odontológica e de óculos escuro e diz que ficou sem muita verba para a produção da propaganda, que chama o espectador para o site da marca. "Gastei todo o dinheiro do comercial nesses dentes novos, então, mais uma vez, tive que filmar no iPhone," diz ele na propaganda.
Em meio a tudo isso, o site da marca Yeezy começou a vender camisetas com uma estampa de suástica, símbolo historicamente associado ao nazismo e a grupos extremistas de direita.
Como era de se esperar, a ação gerou uma série de críticas e voltou a motivar debates sobre a postura controversa de Kanye West.
Relembre a polêmica
O momento mais chamativo das polêmicas recentes de Kanye West aconteceu na última sexta-feira (7), quando ele fez uma série de publicações no Twitter atacando judeus, reiterando que não tem amigos e até mesmo se declarando nazista. Confira abaixo algumas das falas feitas pelo rapper:
"Alguns dos meus melhores amigos são judeus, e eu não confio em nenhum deles", escreveu West em um tweet. "Você pode ganhar dinheiro com judeus, mas eles sempre vão te roubar e te convidar para a casa deles numa sexta-feira. Brancos não f*dem com os negros, eles deixam isso para os judeus. [...] Judeus odeiam os brancos por causa dos alemães da Segunda Guerra Mundial", disse em outro post.
"Eu não preciso e não quero o apoio de nenhuma celebridade. Todas as celebridades estão falidas. Falar com vocês não adianta em nada, mas me faz perder dinheiro", escreveu em outro momento.
Depois da onda de críticas, o artista voltou a publicar, desta vez afirmando que 'nunca vou me desculpar' por comentários antissemitas.
"Posso dizer a p*rra que eu quiser dizer para sempre. Onde está minha p*rra de desculpas por congelar minhas contas. Chupa meu p*u. Como é isso para um pedido de desculpas?", escreveu o artista.
Jonathan Greenblatt, CEO da Liga Antidifamação (ADL), uma organização não governamental judaica , definiu as declarações e atitudes do rapper como "uma demonstração flagrante de antissemitismo, racismo e misoginia" (via Metrópoles). A ADL também reforçou a gravidade da utilização de símbolos nazistas em produtos comerciais.
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