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Karla Sofía Gascón debochou da morte de Ygona Moura e a relacionou com Bolsonaro

Karla Sofía Gascón debochou de Ygona Moura e mais: posts antigos de suas redes sociais vieram à tona com todo tipo de atrocidade; ela desativou seu X

31 jan 2025 - 12h35
(atualizado às 12h41)
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Karla Sofía Gascón desce a lenha em Ygona Moura, influencer trans; mais atrocidades da atriz vem à tona
Karla Sofía Gascón desce a lenha em Ygona Moura, influencer trans; mais atrocidades da atriz vem à tona
Foto: Reprodução/Netflix/Instagram / Contigo

Karla Sofía Gascón cutucou os brasileiros em uma entrevista em que insinuava que Fernanda Torres e sua equipe promoviam hate ao filme Emilia Pérez. Foi o que bastou para o passado dela ser revirado e uma enxurrada de atrocidades que a atriz escreveu surgiu nas redes sociais, entre elas, um post detonando Ygona Moura e a relacionando ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, a protagonista do polêmico filme ofendeu todas as minorias possíveis.

Ygona Moura ficou muito famosa de 2019 até 2021, quando surgiu nas redes sociais com um jeitinho bem peculiar. Ela morreu durante a pandemia com um quadro de complicações de uma tuberculose. Nos posts antigos, Gascón escreveu que: "Ela provavelmente cagou no Bolsonaro algumas vezes antes de morrer. Pobre contraparte ignorante de Paty Navidad".

Ygona era uma mulher trans e figura brasileira conhecida nas redes sociais e responsável por diversos memes. Sua morte, no entanto, foi motivo de debate na época, porque ela frequentava festas clandestinas na pandemia e fazia questão de expor suas aventuras na web. E numa dessas andanças, acabou se complicando e morreu ainda durante a fase crítica do período de isolamento social.

A Variety, revista norte americana, fez uma coletânea de algumas das atrocidades que Karla escreveu. As falas contra diversidade, além de se mostrar contra a vacina de covid-19, são recentes e datadas de 2019 para frente. Em 2020, Karla foi xenofóbica ao falar da vacina chinesa contra a doença que afetou o mundo.

"A vacina chinesa, além do chip obrigatório, vem com dois rolinhos primavera, um gato que mexe a mão, 2 flores de plástico, uma lanterna pop-up, 3 linhas telefônicas e um euro para sua primeira compra controlada".

Ofensas para todo mundo 

Ela não deixou de ofender divas pop. Contra Adele, ela foi gordofóbica ao comparar duas fotos, uma em que a cantora está mais gorda e outra mais magra, dizendo que as mangas de sua roupa seriam peles extras de seu processo de emagrecimento: "A COVID passou, e ela exagerou nas mangas, ou então passou pela faca e não removeram a pele dos braços dela".

Karla, que é uma mulher transexual, reproduziu mais um preconceito: contra Miley Cyrus, ela repercutiu um flagra da cantora de Flowers com a modelo Kaitlynn Carter, após a dura separação da diva do ator Liam Hemsworth. Sendo abertamente lesbofóbica, ela relacionou a orientação sexual da ex-Disney ao demônio.

"Rapaz, pobre Liam, é isso que acontece quando a Frente Nacional da Família obriga você a se casar com um homem de bigode. Espero que ele abrace a fé de Yahael, Yatekomo ou qualquer que seja seu nome o mais rápido possível, mesmo que com essa perversão lésbica maligna, horrível e antinatural, eles vão para o inferno".

Primeira mulher trans a ser indicada ao Oscar na categoria de melhor atriz, Sofía também ofendeu a premiação e a diversidade. Em 2021, durante a cerimônia, ela escreveu: "Cada vez mais o Oscar está parecendo uma cerimônia para filmes independentes e de protesto, eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, uma manifestação do Black Lives Matter ou o 8M. Fora isso, uma gala feia, feia".

A atriz de Emilia Pérez comentou sobre o caso de Georgle Floyd, homem negro que foi morto por um policial estrangulado. Mesmo dizendo que não conseguia respirar, o agente continuou o agredindo, tudo por uma suposta nota falsa que teria sido passado em um estabelecimento comercial. Ele era inocente.

Sobre o caso de Floyd, Gascón opinou: "Eu realmente acho que pouquíssimas pessoas se importaram com George Floyd, um vigarista viciado em drogas, mas sua morte serviu para demonstrar mais uma vez que há pessoas que ainda consideram os negros como macacos sem direitos e consideram os policiais como assassinos. Estão todos errados."

A coluna já trouxe outros momentos polêmicos da atriz. Ela comparou o ódio que recebe pelo filme polêmico da Netflix ao Holocausto Judeu, além de comentários xenofóbicos contra nativos, latinos e muçulmanos. Em um pedido de desculpas vago emitido à Variety, Karla disse que sente muito e que sempre lutou por um mundo melhor:

"Quero reconhecer a conversa em torno de minhas postagens anteriores nas redes sociais que causaram danos. Como alguém de uma comunidade marginalizada, conheço muito bem esse sofrimento e lamento profundamente aqueles que causei dor. Toda a minha vida lutei por um mundo melhor. Acredito que a luz sempre triunfará sobre as trevas". Após ser exposta, Karla Sofía apagou seu X na tarde desta sexta-feira (31).

*Texto de Murilo Rocha

Murilo Rocha é estudante de Jornalismo pela UMESP. Escreve sobre cultura pop, filmes, games, música, eventos e reality shows. Siga o Murilo nas redes sociais: @eumuriloorocha

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