Leilão do Cais Mauá de Porto Alegre gera críticas e propostas alternativas
Coletivo Cais Cultural Já e Professores da UFRGS contestam resultado do leilão e propõem alternativas para preservação cultural do Cais Mauá.
No dia 6 de fevereiro de 2024, o leilão do Cais do Porto de Porto Alegre foi marcado por polêmicas ao ser arrematado por lance mínimo, sem concorrência, o terceiro evento desse tipo desde a rescisão do contrato com o Consórcio Cais Mauá do Brasil em 2019.
Antes deste leilão, houve um anterior deserto e outro adiado, com o intuito de tornar o edital mais atrativo para o mercado, conforme explicou o Governo do Estado do RS, porém sem sucesso. Preocupações surgem sobre a ausência de empresas reconhecidas, sem expertise no assunto e poucas informações disponíveis sobre os proponentes, incluindo detalhes sobre o "projeto não convencional" mencionado pelo consórcio vencedor.
Os críticos, incluindo o Coletivo Cais Cultural Já e professores da UFRGS, expressaram preocupações sobre a diminuição dos fundos destinados à segurança financeira do contrato e ao apoio às atividades culturais e de economia criativa. Propõem a retomada do diálogo entre o poder público e a sociedade para viabilizar a ocupação cultural dos armazéns A e B e do Pórtico, através de uma proposta de co-gestão entre o Estado e a Sociedade Civil.
Desde 2021, professores de diferentes departamentos da UFRGS e representantes do Coletivo Cais Cultural têm apresentado propostas alternativas para a revitalização do Cais Mauá, visando sua destinação para atividades culturais e evitando sua privatização. Apesar dos esforços, até o momento, não houve resultados concretos. Os coletivos manifestam disposição para cooperar com o governo do estado na preservação e adaptação dos armazéns A e B e do Pórtico, para uso imediato como equipamentos públicos culturais, aguardando diálogo e cooperação para garantir o futuro do patrimônio nacional.
Com a informação Brasil de Fato.