Longa-metragem vai lembrar vida de Chorão

Vocalista do Charlie Brown Jr morreu aos 42 anos

Por: Redação Flipar

19 jul 2024 - 09h22

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A vida do cantor e compositor Chorão vai ser tema de um filme. O longa-metragem será uma adaptação do livro “Se não eu, quem vai fazer você feliz? Minha história de amor com Chorão” escrito por Graziella Gonçalves, que foi mulher do músico, e publicado em 2018 pela Companhia das Letras.
Foto: Reprodução redes sociais / Flipar
Em 9 de abril de 2024, o cantor Chorão teria completado 54 anos. A morte precoce do vocalista da banda Charlie Brown, aos 42 anos, até hoje comove os fãs. Relembre a vida e a carreira dele, além da trajetória do grupo.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Alexandre Magno Abrão nasceu em Tremembé (SP). Sua família não tinha muito dinheiro. Seu pai, Geraldo, foi um pequeno empresário. Já a sua mãe trabalhava com faxina e cozinha. Seus pais se separaram quando ele tinha 11 anos. Três anos mais tarde, sua mãe, Nilda, teve um derrame e quase faleceu.
Foto: Arquivo Pessoal / Flipar
Chorão sempre teve dificuldades nos estudos, não tirava boas notas e cursou apenas até a sétima série, sempre em escolas públicas. Ele brigava com facilidade, passava muito tempo na rua, foi apresentado às drogas e teve problemas com a polícia.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Passou a ser chamado de Chorão quando começou a andar de skate nos anos 1980, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Naquela época, recebeu o apelido porque fazia cara de choro quando errava manobras.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Seus amigos lhe deram o primeiro skate e, mesmo com um tênis inadequado para a prática, Chorão mandava bem. Ele chegou a ser vice-campeão paulista de skate freestyle.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Chorão criou uma pista indoor skate em Santos (SP), em 2004. Hoje o local leva o nome de Chorão Skate Park e já recebeu eventos nacionais e internacionais. O cantor também retratou a sua paixão pelo esporte em músicas como “Zóio de Lula”, em que skatistas aparecem no clipe, e “Di-SK8 Eu Vou”.
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Ainda jovem, Chorão mudou-se para Santos. No início, queria uma vida sem muitas responsabilidades, mas sonhava em ter uma banda de rock para tocar em rodas de skate. Começou a trabalhar, mas não conseguiu ir longe em nenhum emprego. Foi demitido pelo próprio pai de uma corretora de imóveis.
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Chorão morava de aluguel, mas era comum não pagar e ser despejado. Sua vida começou a mudar aos 21 anos. Bêbado e triste por ter terminado um namoro, foi ao bar Creperie assistir a um show de uma banda chamada Matrix. Em dado momento, o vocalista saiu para ir ao banheiro.
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Chorão então subiu no palco e falou algo como "Agora é comigo" e pediu para os músicos tocarem "War Inside My Head", da banda Suicidal Tendencies. Mesmo sem falar inglês, ele arranhou alguma coisa, mas encantou o público e os artistas.
Foto: Divulgação Instagram Banda Suicidal Tendencies / Flipar
Ele foi convidado por outro cliente do bar a fazer um teste para ser vocalista da banda "Whats Up", que estava sendo formada. Foi aprovado, mas não ficou muito tempo. Por outro lado, fez amizade com o baixista Champignon, que tinha apenas 12 anos.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Juntos, eles convidaram outros três amigos e fundaram a Charlie Brown Jr, em 1992: Marcão Britto (guitarra), Thiago Castanho (guitarra) e Renato Pelado (bateria). Exceto Chorão, todos eram da cidade de Santos. Inicialmente, a banda se apresentava na região e na capital, mas logo explodiu nacionalmente.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
O nome surgiu ao acaso. Certo dia, Chorão bateu o carro em uma barraca de coco chamada Charlie Brown. Já o "Jr." foi adicionado porque eles acreditavam que seriam promissores no rock nacional.
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O Charlie Brown Jr existiu até 2013. Naquele ano, em 6/3, Chorão morreu por overdose de cocaína. Em 6/9, Champignon se matou.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
O CBJr lançou dez álbuns de estúdio, sendo três ao vivo e sete DVDs. O último foi o "La Família 013", uma referência ao DDD de Santos. A obra foi lançada após a morte de Champignon e Chorão.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Foram mais de 5 milhões de discos vendidos, numa época em que o streaming engatinhava. "Só por uma noite" (1997), "Ela vai voltar" (1997)"Lugar ao sol" (2001) "Senhor do tempo" (2005), "Dias de luta, dias de glória" (2005)", "Pontes indestrutíveis" (2007), "Me encontra" (2009), "Meu novo mundo" (2013)" são alguns sucessos.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Ao longo de toda a existência, apenas Chorão não deixou a banda em nenhum momento. Champignon, por exemplo, teve duas passagens: de 1992 a 2005 e depois de 2011 a 2013.
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Além de Chorão, Champignon, Marcão Britto, Thiago Castanho e Renato Pelado, a banda teve Heitor Gomes (baixo), Pinguim (bateria e beatbox) e Bruno Graveto (baixo e bateria).
Foto: Divulgação Facebook Charlie Brown Jr. / Flipar
Chorão foi encontrado morto na madrugada de 6 de março de 2013, em seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo, pelo motorista dele, Kleber Atalla (foto), o "Tiozão".
Foto: Reprodução Instagram Kleber Atalla / Flipar
A casa estava cheia de garrafas vazias de bebidas, cápsulas de remédios e sangue. Ele tinha desaparecido em 4 de março. Exames confirmaram overdose de cocaína. O assunto repercutiu tanto que entrou na lista dos mais falados nos trending topics mundiais do Twitter.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Pessoas próximas ao cantor dizem que ele sofria de depressão após se separar de sua segunda mulher, a estilista Graziella Gonçalves, em 2011, após oito anos juntos. No final de 2012, ele disse que ainda a amava e que a música "Céu Azul" (2011) era dedicada a ela.
Foto: Divulgação Instagram Charlie Brown Jr. / Flipar
Chorão teve um filho: Alexander, nascido em 1989, fruto de sua união com Thais Lima. Chorão era primo da apresentadora Sonia Abrão. Um documentário chamado "Chorão: Marginal Alado" , dirigido por Felipe Novais, está no catálogo da Netflix.
Foto: Fotos de divulgacão / Flipar
Outra grande paixão dele foi o Santos Futebol Clube. Ele viu o clube conquistar dois Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, uma Libertadores, além de sete Campeonatos Paulistas
Foto: - Ricardo Saibun/Santos FC / Flipar