Mãe de Emicida rompe o silêncio e defende Fióti
Dona Jacira se posiciona publicamente diante do ruidoso conflito entre os filhos e afirma que Fióti foi alvo de injustiça
O embate entre os irmãos Leandro (Emicida) e Evandro (Fióti) continua ganhando novos contornos e repercussões. Na tarde desta quinta-feira (3), foi a vez da mãe dos artistas, Dona Jacira, se manifestar publicamente.
Em uma carta aberta publicada nas redes sociais, a matriarca da família prestou solidariedade ao filho mais novo, Fióti, que tem sido acusado por Emicida de envolvimento em supostas irregularidades financeiras na Laboratório Fantasma, empresa fundada e gerida por ambos.
O rompimento profissional entre os dois irmãos — parceiros há 16 anos à frente de um dos projetos culturais e empresariais mais relevantes do país — se tornou público na última semana, gerando forte comoção entre fãs, colaboradores e o meio artístico.
Emicida acusa o irmão de desviar R$ 6 milhões da empresa, enquanto Fióti rebate, afirmando que sempre atuou com transparência e que houve, na verdade, um desequilíbrio nos repasses, apesar da dedicação igualitária de ambos à gestão da LAB.
A fala de Dona Jacira carrega o peso de quem viu os filhos construírem juntos uma trajetória de resistência, afeto e inovação, e agora assiste, com tristeza, à ruptura. Em sua carta, ela evoca valores ancestrais, a força da palavra e o poder destrutivo da calúnia. "A palavra maldita calou fundo no coração da minha família. E no coração dos nossos homens bons", escreveu.
Em tom firme e emocionado, Dona Jacira destaca que Fióti, antes mesmo de apresentar defesa formal, já vinha sendo condenado publicamente. Ela critica o que chamou de "silêncio cúmplice" diante das acusações que recaem sobre o filho: "Sem chance de defesa, fizeram-no réu. As hienas nos rondam e querem nossa queda. Mas não conseguirão".
A matriarca também relembra o papel das mulheres na fundação da Laboratório Fantasma, reforçando a importância de resgatar o sentido coletivo e comunitário que sempre orientou os passos da família. E completa:
"@fiotioficial, sua dor é nossa dor. Quando a injustiça se instala, com todo respeito ao jurídico, digo que a maldição lançada em forma de calúnia deve ser retirada pela boca que a lançou. Antes que seja tarde".
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Mãe de Emicida: Entre a dor e a esperança: o apelo por verdade e cura
A carta de Dona Jacira encerra com um apelo simbólico, quase ritualístico, por reconciliação e verdade. "Pode passar mil anos, gerações se erguer e cair, mas a dívida amanhecerá e anoitecerá com seu devedor. Até que ele restabeleça a verdade em presença de quem adoeceu com falsa palavra", declarou.
O posicionamento da mãe dos artistas teve forte repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões e intensificando o debate sobre os impactos emocionais, familiares e institucionais da disputa.
Ainda não há previsão de resolução do impasse judicial, mas a carta trouxe à tona uma dimensão mais humana e sensível desse embate, reforçando que, por trás das cifras e contratos, há uma família tentando lidar com a dor da desconfiança.