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Marcos Mion se arrepende e diz que não criticou governo Lula: "Fora de contexto"

O apresentador sofreu checagem de fatos e críticas ao atacar o apoio do governo aos esportes com dados não confiáveis

31 jul 2024 - 20h07
(atualizado às 20h51)
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Foto: X/Globo / Pipoca Moderna

Marcos Mion voltou ao Instagram nesta quarta (31/7) para negar ter feito ataques ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva após criar polêmica com dados falsos sobre o salário pago aos atletas e criticar o apoio do governo aos esportes no Brasil. Mais cedo, o apresentador do "Caldeirão" se manifestou em tom indignado contra a falta de medalhas olímpicas e citou dados pouco confiáveis, sofrendo críticas e checagem de agências especializadas. Após a repercussão negativa, ele explicou que sua intenção era levantar uma reflexão sobre o histórico do país em relação ao incentivo ao esporte. "Tiraram do contexto", afirmou.

Justificativa nas redes sociais

Por meio de seus Stories, Mion justificou sua fala como uma crítica à ausência de estrutura para que jovens consigam praticar esportes como os disputados nos Jogos Olímpicos. "Eu falei que a gente, o grande público, só fica sabendo de modalidades em época de Olimpíada, e, por isso, deveríamos repensar o conceito todo, se somos ainda o país do futebol absoluto ou se somos de todas essas modalidades e atletas", iniciou.

Histórico do governo brasileiro

"Como eu condicionei essa atual condição ao histórico do governo brasileiro, eu abri precedente, sem querer, para uma disputa política. Eu cometi um erro, eu falei: 'O nosso governo tem histórico', eu estava me referindo ao nosso governo brasileiro, mas os gladiadores políticos da internet viram a brecha, tiraram de contexto e interpretaram que eu estava falando do governo atual. É claro e evidente que é a história do governo desde sempre."

"A gente não tem essas modalidades sendo praticadas nas escolas desde nunca, a gente não tem esses aparelhos de primeira linha nem nos melhores clubes, não é só neste governo, é desde nunca. Eu cometi esse erro e foi uma pena, o vídeo perdeu o efeito", continuou Mion.

Isenção

Mion afirmou que não deseja abrir espaço para discussões políticas em suas redes sociais, pois não se sente preparado para tal. "Caiu na disputa política da internet. Aí veio a galera de direita falando um monte, que realmente esse governo acabou com isso, aí veio a galera de esquerda falando que foi o governo passado que acabou com o esporte, que acabou com tudo. Eu já falei mil vezes que eu não sou o cara que vai entrar aqui e discutir política. Meu foco era valorizar o efeito que o esporte tem nos seres humanos, na sociedade e nos nossos atletas. Não tem nada a ver com política", completou.

O que realmente disse Mion

Mais cedo, o tom do apresentador foi indignado por conta da falta de medalhas do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mirando o "nosso governo". "Tá me partindo o coração ver os nossos atletas olímpicos pedindo desculpas por não terem ganhado medalha, por terem perdido. Queridos atletas, parem, por favor. Cabeça erguida! Vocês só merecem aplausos, vocês só merecem reconhecimento. Se alguém tem que pedir desculpas, é o nosso governo, que não construiu um histórico, não construiu uma tradição de investimento no esporte, não vocês", reclamou Mion, que utilizou informações de um site duvidoso para comentar sobre a Bolsa Atleta.

"A média de salário de um atleta no Brasil em 2024 é de R$ 2 mil por mês, no site salario.com. Mesmo assim, a gente vê em todas as Olimpíadas nossos atletas disputando e ganhando medalhas. Isso, pra mim, é surreal, mostra o tamanho do coração do povo brasileiro, mostra que a gente tem muita garra".

A informação é falsa no contexto usado por Mion, já que atletas olímpicos recebem muito mais. O valor de ajuda federal concedido à skatista Rayssa Leal, por exemplo, é R$ 15 mil por mês.

Não criticou o governo Lula?

Mion citou algumas medalhas conquistadas, inclusive a de Rayssa Leal, como um exemplo de potencial brasileiro nas competições que estaria sendo comprometido pelo suposto baixo investimento do governo, além do desempenho do basquete, que não possui nenhum patrocinador oficial.

"Numa época onde a seleção de futebol não se classifica e o basquete com investimento apertado do governo, camisa lisa de patrocínio, vivendo uma realidade triste, a ponto do presidente da CBB [Confederação Brasileira de Basquete] colocar grana pessoal dele para ajudar… Não é o caso de repensar? Entender que, com essa globalização do esporte, talvez não sejamos mais o país do futebol absoluto, mas sim o país do skate, do judô, do basquete, da canoagem, da ginástica, esgrima, vôlei, tênis."

"Imagina a vida de atleta olímpico da forma que o Brasil enxerga eles hoje em dia? Imagina! Atletas, quem tem que pedir desculpas é o governo, não vocês. Cabeça erguida, vocês são potências, heróis", finalizou Mion.

Isenção?

Vale lembrar que Mion posou ao lado de Jair Bolsonaro durante o governo passado, que extinguiu o Ministério do Esporte e cortou o programa do Bolsa Atleta. Por outro lado, o governo Lula restaurou e reajustou os valores de ajuda financeira aos atletas brasileiros. 241 dos 276 atletas brasileiros presentes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 recebem o Bolsa Atleta, informou o Presidente Lula na semana passada.

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