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Morre Randy Meisner, fundador da banda Eagles, aos 77 anos

Meisner formou os Eagles em 1971, juntamente com Glenn Frey, Don Henley e Bernie Leadon

28 jul 2023 - 00h20
(atualizado às 07h33)
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Foto: Divulgação/BGO Records / Pipoca Moderna

Randy Meisner, co-fundador da banda Eagles e responsável pelo vocal em vários dos maiores sucessos do grupo, morreu aos 77 anos. A morte foi confirmada pela banda em seu site oficial, que atribuiu o falecimento a complicações decorrentes da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Uma voz inesquecível

Meisner formou os Eagles em 1971, juntamente com Glenn Frey, Don Henley e Bernie Leadon. Ele tocou baixo e cantou em vários dos álbuns mais amados da banda de rock, incluindo "Eagles", "Desperado", "On The Border", "One of These Nights" e "Hotel California". Ele co-escreveu uma das canções de maior sucesso da banda, "Take It to the Limit", que também cantou.

Em uma declaração, a banda lamentou a perda: "Randy era uma parte integral dos Eagles e instrumental no sucesso inicial da banda. Seu alcance vocal era surpreendente, como é evidente em sua balada de assinatura, 'Take It to the Limit'".

Trajetória musical

Nascido em Scottsbluff, Nebraska, Meisner decidiu virar músico aos dez anos, após assistir a uma apresentação de Elvis Presley no programa "The Ed Sullivan Show". Inicialmente, tocava guitarra, mas um de seus professores sugeriu que ele se dedicasse ao baixo, instrumento que acabou se tornando sua marca registrada.

Meisner mudou-se para a Costa Oeste em busca de sucesso. Antes de seu sucesso com os Eagles, ele foi baixista da banda Poco, com os ex-membros do Buffalo Springfield, Richie Furay e Jim Messina, e foi vocalista da Stone Canyon Band, de Rick Nelson. Meisner aparece no "In Concert at the Troubadour" da Canyon Band (que co-produziu), e "Rudy The Fifth", além de participar de "Easy to Be Free", documentário da turnê de 1969 da Stone Canyon Band.

No entanto, uma ligação que o convidou para se juntar à banda de apoio de Linda Ronstadt mudou o rumo de sua carreira. Na banda, estavam também Glenn Frey, Don Henley e Bernie Leadon, que mais tarde se tornariam com Meisner os membros fundadores do Eagles.

Sucesso dos Eagles

Com o Eagles, Meisner alcançou o estrelato. A banda assinou com a Asylum Records e lançou uma série de álbuns de sucesso, incluindo "Desperado", "One of These Nights" e "Hotel California". Meisner co-escreveu e cantou a música "Take It to the Limit", que se tornou o primeiro single de ouro do Eagles.

No entanto, a pressão de cantar a música ao vivo - algo que o tímido baixista não gostava - levou a tensões dentro da banda. Em 1977, após um desentendimento com Frey sobre a performance da música durante um show em Knoxville, Tennessee, Meisner decidiu deixar o Eagles. Por curiosidade, ele foi substituído por Timothy B. Schmit - o mesmo músico que o sucedeu no Poco.

Carreira não tão solo

Sua carreira solo não teve a mesma visibilidade. Ele lançou seu primeiro disco homônimo em 1978, seguido por "One More Song" em 1980, mas em 1985 e uniu a Jimmy Griffin (ex-Bread) e Billy Swan para formar a banda de country rock Black Tie. O grupo lançou seu primeiro álbum, "When the Night Falls", em 1990, mas dois anos depois já sofreram reformulação, transformando-se em Meisner, Swan & Rich, com a saída de Griffin e a entrada de Charlie Rich Jr.

O músico também voltou a se juntar com o Poco para uma turnê de reencontro em 1990, e lamentou ter sido excluído da reunião dos Eagles em 1994. Entretanto, voltou a se juntar à banda em 1998 na cerimônia de indução dos Eagles ao Rock and Roll Hall of Fame em Nova York, quando tocou "Take It Easy" e "Hotel California" com os antigos parceiros.

Ele também foi convidado pelos Eagles para participar de sua turnê mundial "History of the Eagles" em 2013, mas não pôde se juntar a eles devido a seus problemas de saúde contínuos.

Vida pessoal, saúde e problemas legais

Meisner casou-se duas vezes. Sua primeira esposa foi Jennifer Lee Barton, com quem teve três filhos. O casal se divorciou em 1981. Em 1996, Meisner casou-se com Lana Rae. Em 2016, Lana foi morta acidentalmente por um disparo de arma de fogo em sua casa. Meisner foi detido para interrogatório, mas foi liberado após as gravações de vigilância mostrarem que ele estava em outra parte da casa no momento do disparo.

Antes da morte da esposa, amigos de Meisner haviam solicitado uma tutela temporária para proteger o músico, alegando que Lana estava se aproveitando de suas dependências para mantê-lo bêbado e complacente. Após a morte de Lana, Meisner solicitou sua própria tutela, alegando que estava "mal conseguindo aceitar a perda repentina e trágica de sua amada esposa". Ele foi enviado à força para uma clínica psiquiátrica, devido a pensamentos suicidas.

Meisner lutou contra a dependência do álcool desde o final dos anos 1960. Na década de 2000, sua saúde começou a deteriorar-se, levando a uma série de pequenos ataques cardíacos que o forçaram a reduzir as turnês. Em 2008, ele se afastou completamente das performances ao vivo.

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