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Museu Nacional prevê R$ 90 milhões via Lei Rouanet em nova etapa de reforma para reabrir em 2026

Recursos captados serão investidos em diversas obras do edifício do Paço de São Cristóvão, no Rio de Janeiro; local sofreu incêndio em 2018

9 dez 2023 - 19h34
(atualizado às 19h56)
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O Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído após um incêndio em setembro de 2018, tem previsão de reabertura para 2026. No último mês de novembro, foi aprovada a captação de recursos, via Lei Rouanet, no valor de R$ 90.000.274,90 para a 2.ª etapa de restauração do prédio principal do local.

A reforma do Museu Nacional

O projeto de R$ 90 milhões é referente à 2.ª fase de obras de restauração do Paço de São Cristóvão, especialmente para a restauração das coberturas e fachadas dos blocos 2, 3 e 4, além de outras ações no entorno e áreas internas.

Confira abaixo alguns dos objetivos propostos:

  • Executar obras nas fachadas e cobertura
  • Coleta de águas pluviais
  • Consolidação estrutural da laje e cobertura
  • Remoção de árvores
  • Consolidação dos muros
  • Desinfestação de pragas
  • Iluminação
  • Restauro da escadaria
  • Restauro do piso
  • Acabamentos
  • Restauro de pintura
  • Estrutura metálica de escadas e elevadores
  • Alvenaria
  • Revestimento de piso, paredes e tetos
  • Infraestrutura de instalação de hidráulica, ar-condicionado, elétrica, especiais e de incêndio
  • Promover visitas formativas para especialistas interessados e para operários envolvidos com a obra de restauração do Palácio

Segundo o projeto, o Museu Nacional também terá que "realizar, gratuitamente, atividades paralelas aos projetos, tais como ensaios abertos, estágios, cursos, treinamentos, palestras, exposições, mostras e oficinas". A íntegra do projeto de captação pode ser acessada aqui.

Incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro em setembro de 2018
Incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro em setembro de 2018
Foto: Marcos Arcoverde/Estadão / Estadão

Investimento total chega a R$ 440 milhões

No último mês de março, o ministro da Educação, Camilo Santana, havia comentado sobre a situação do Museu Nacional, destacando que 61% do valor previsto para as reformas totais já haviam sido captados. "A ideia é entregar no primeiro semestre de 2026. O investimento total é de R$ 440 milhões, falta captar R$ 180 milhões", disse, na ocasião.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada neste sábado, 9, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, afirmou que a ideia é reabrir o local com cerca de 50% a 60% de sua área total disponível para o público, e que uma pequena área pode ser reaberta já em 2024, com visitação à sala do meteorito e à escadaria monumental.

"O Museu já fez tudo o que tinha que fazer e estamos aguardando os recursos. Pedimos audiência com a Alerj, que nos prometeu, em 2019, R$ 20 milhões, que ainda não entraram", afirmou, em referência a projeto de lei aprovado em agosto de 2020 destinando R$ 20 milhões do Fundo Especial do Parlamento Fluminense à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mantenedora do Museu Nacional.

O Estadão buscou contato com a diretoria do Museu Nacional do Rio de Janeiro, e também com o Ministério da Cultura do governo federal a respeito do tema, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Mais informações sobre a Lei Rouanet podem ser acessadas no site da Lei de Incentivo à Cultura.

Estadão
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