7 ritmos brasileiros para você tocar no violão

Ah, a música brasileira… rica, bela e cheia de história! Nós, nascidos no país tropical, temos o gingado e a criatividade em nosso DNA. No entanto, é sempre bom receber dicas que facilitam a nossa vida artística, certo? Dessa forma, trazemos aqui alguns macetes de como tocar ritmos brasileiros no violão. 

Olha só: selecionamos 7 estilos no total, dando dicas bem simples e didáticas para que você consiga tocá-los no violão. Nesse sentido, sua técnica e seu raciocínio musical serão levados a outro nível. Afinal, qualidade é o que não falta na música brasileira, não é mesmo?

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Dicas de como tocar os ritmos brasileiros no violão

Antes de mais nada, é importante mencionar que em um único artigo não seria possível abordar todos os estilos musicais brasileiros. Por isso, selecionamos 7 das principais sonoridades nascidas no nosso país, ok? Elas são mais do que suficientes para enriquecer seu repertório, pode ter certeza!

Samba

Se você quer tocar samba no violão, saiba que cordas de nylon são a melhor pedida para esse ritmo brasileiro. Mesmo que o instrumento de 7 cordas seja bastante comum no gênero, recomendamos que você comece com um de 6 para facilitar as coisas.

Outra dica é deixar a palheta de lado e usar os dedos. A levada básica de samba exige que o polegar da mão direita (no caso dos destros) toque os baixos, que contém muitas notas de passagem. Já os dedos indicador, médio e anelar ficam encarregados das cordas primas (mais agudas), que são tocadas juntas.

Em relação aos acordes, o samba é conhecido por sua harmonia rica. Ou seja, você possivelmente encontrará aberturas não convencionais. Mas não desanime! Encare como um desafio que levará à evolução. 

O Mundo É Um Moinho, do mestre Cartola, é um ótimo exemplo de música que contém esses elementos básicos do samba. Confira:

Bossa Nova

Da mesma maneira que o samba, a bossa nova casa muito bem com a sonoridade das cordas de nylon tocadas com os dedos. 

Influenciado pelo jazz, esse é um dos ritmos brasileiros conhecidos pela complexidade harmônica somada a uma melodia cativante. Dessa forma, muitas músicas possuem estruturas diferenciadas, com acordes dissonantes e até que não fazem parte do campo harmônico da canção. Com certeza, seu vocabulário de intervalos crescerá ao aprender músicas de bossa nova. 

Em relação à parte rítmica, ela também exige destreza e sensibilidade. O tempo é bem marcado, porém deve haver liberdade para ralentar de vez em quando. Isso imprime mais emoção à execução, que nunca deve ser fria e robótica. 

Deixamos aqui uma videoaula super completa da linda canção Desafinado, um dos maiores patrimônios da nossa música:

Choro

O choro é um ritmo brasileiro de compasso binário marcado pela liberdade e pelo improviso. Dessa forma, o grande desafio em tocar o gênero no violão é a mão direita, que deve apresentar uma ginga bem desenvolvida. Isso porque é comum haver síncopas executadas em tercinas, com direito a antecipações, por exemplo. O dedilhado também deve estar em dia.

A harmonia, geralmente, não é das mais simples. É comum termos baixos invertidos e dissonâncias, assim como acordes com sétima. Em arranjos mais estruturados, observa-se o uso de frases melódicas junto aos acordes, quase como a técnica fingerstyle.

Ah, o choro também fica melhor usando cordas de nylon sem palheta, ok? Para começar a tocar tal gênero musical, opte por um instrumento de 6 cordas. Mais tarde, se você gostar, pode se arriscar em um violão de 7.

Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, é uma das principais músicas do choro. Acompanhe esta aula especialíssima abaixo para aprender a tocar:

Axé

Você quer tocar músicas de axé no violão? Então, fique atento às acentuações, tão importantes neste ritmo. No violão, você deve dar mais ênfase às batidas fortes dos tambores, especialmente o tempo 1, criando o swing tão característico no estilo. Abafar os acordes também contribui para potencializar o famoso requebrado, dando um efeito percussivo. 

Geralmente, os acordes no axé são simples, mas podem usar muitas pestanas. Por isso, tenha resistência! Falando do instrumento, tanto cordas de nylon quanto de aço podem dar um resultado bacana. Usar os dedos ou palhetas também fica a seu critério, combinado? 

Forró

O forró é uma festa tradicional do estado de Pernambuco que mistura várias sonoridades da região, incluindo xote, baião, xaxado, chamego, pé de serra e coco. Além disso, outros estilos mais modernos nasceram a partir do forró, como o piseiro e a pisadinha. Nesse sentido, há algumas formas diferentes de tocar esse ritmo, mas aqui vamos nos atentar a uma das principais. 

Primeiramente, saiba que o som macio e suave das cordas de nylon cai como uma luva para o forró. Prefira usar somente os dedos e fique tranquilo quanto às harmonias, pois não apresentam grande dificuldade. Uma coisa a menos para se preocupar, ufa! 

É nas levadas do forró que está o pulo do gato. Algumas músicas têm um andamento mais rápido. Isso exige que a batida para baixo seja com a unha dos dedos indicador, médio ou anelar, enquanto a para cima é feita com o polegar. Já canções mais lentas podem ser tocadas só com batidas para baixo, como é o caso Eu Só Quero Um Xodó, na versão de Gilberto Gil. Assista à videoaula abaixo:

Sertanejo

O violão é simplesmente um instrumento essencial para esse ritmo brasileiro, seja o sertanejo raiz ou o universitário. Aqui, as cordas de aço são as preferidas da galera, com o som brilhante e metálico tão característico. 

Não é muito difícil tocar músicas de sertanejo no violão. Olha só: as harmonias costumam ser descomplicadas, usando muitos acordes abertos. Várias músicas são tocadas com capotraste justamente para fugir das pestanas. O ritmo, por sua vez, muitas vezes é composto de batidas convencionais de palheta, simples também. 

O grande desafio de tocar sertanejo está nos solos e frases presentes em muitos hits. Para executá-los, você vai precisar dominar algumas técnicas como slides e ligados, que fornecem bastante expressividade aos arranjos. Como exemplo, deixamos aqui a videoaula de Facas: 

Funk carioca

É possível tocar o aclamado funk carioca no violão? Sim, claro que é! Embora o instrumento não seja dominante nesse ritmo brasileiro, nada impede que façamos adaptações. 

No funk carioca, não há muitas variações harmônicas. A formação de acordes é bem básica, mas anote este macete: prefira acordes com pestana para conseguir abafar as cordas com a mão esquerda sempre que necessário. Isso faz toda a diferença para gerar o efeito dançante do funk no violão.

O ritmo deve seguir a batida da música, que é a grande marca registrada do funk carioca. Para simular o bumbo, toque o bordão com o polegar. Já para emular o som da caixa, que é mais agudo, ataque as cordas primas com os outros dedos. Se preferir usar palheta, não tem problema, pois o raciocínio é o mesmo. 

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E aí, o que achou das nossas dicas de como tocar ritmos brasileiros no violão? Esperamos que tenha gostado, pois esse material foi preparado com muito carinho!

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Hoje, ficamos por aqui! Valeu demais. Um abraço, até a próxima!

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