Alceu Valença faz nova live nesta quarta (27)
Alceu Valença vai apresentar seus maiores sucessos diretamente de sua casa no Rio de Janeiro.
Depois do sucesso de sua primeira Live – onde, segundo os números do YouTube, chegou a ter 2,5 milhões de pessoas ligadas em seu canal – Alceu Valença volta a atacar no novo formato de shows on-line imposto pela quarentena. Diretamente de sua casa no Rio, o artista trafega por urbes paralelas, onde o conceito é viajar sem sair de casa. Para isso, interpreta temas relacionados às ruas, estradas e caminhos que percorre ao longo de mais de quatro décadas de carreira, desta vez a partir de sua relação com a cidade de Olinda e de lá para outros cantos do mundo.
O samba inédito “Sem pensar no Amanhã”, da safra recente de composições de Alceu, e o hit “Como Dois Animais” levam a folia para além do frevo. “Mensageira dos Anjos”, do primeiro álbum de Alceu, “Molhado de Suor” (1974) retrata a Olinda mística enquanto “Marim dos Caetés” celebra a Olinda indígena, sempre guerreira.
No galope etéreo de “Cavalo-de-Pau”, Alceu segue a trilha das toadas do Brasil profundo. No trotar de “No Tempo em que me querias” o cavalo ventania percorre Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia. Se “Te Amo, Brasília” conhece a geografia do planalto central, “Era verão” na cidade de São Sebastião, outro samba inédito, celebra a mais carioca das estações.
O tempo de dilata como um fio no “Samba do Tempo” que leva o artista de volta a Paris – onde viveu na década de 70 -, com direito a citação de “Et Maintenant”, de Gilbert Bécaud. Em “Loa de Lisboa”, “Borboleta” e “P da Paixão” a música brasileira abraça o fado português. “Pelas Ruas Que Andei”, percorre as vias poéticas do Recife. “Belle de Jour” sintetiza a musa da nouvelle vague francesa e a moça bonita da praia de Boa Viagem. De Nova York ao Leblon, “Tesoura do Desejo” executa um corte preciso em qualquer ameaça de baixo astral. “Coração Bobo”, “Táxi Lunar”, “Tropicana”, “Anunciação” e “Tomara” zelam por uma nação solidária.
“Estou há vários dias trancado em casa e tenho tocado violão como nunca. Só me lembro de ter tocado tanto quando morei em Paris, no final da década de 70. Então, a ideia da live é compartilhar minhas impressões e recordações como se o público fosse convidado para cantar e conversar comigo na sala da minha casa. São as músicas que toco quando estou comigo mesmo, do jeito que gosto de tocar. Ao mesmo tempo são músicas que contam a minha história. É uma maneira de estar perto das pessoas, de passar uma mensagem de esperança. Tenho certeza de que vamos superar este momento em muito breve” – desabafa Alceu.
A live acontece às 21h desta quarta-feira (27), e pode ser conferida no canal do Youtube do cantor.