Após fio-dental, "cachorrão" é a nova aposta de Alinne Rosa
Agora em carreira solo, cantora fez ensaio exclusivo para o Terra e lembrou de fio-dental em noite de estreia no Carnaval de Salvador
O Carnaval foi repleto de coisas boas para Alinne Rosa. Em sua primeira vez sozinha em Salvador, a cantora baiana, ex-Cheiro de Amor, fez muito barulho ao subir no trio elétrico de fio-dental, na noite do dia 15 de fevereiro, no Circuito Barra/Ondina. Agora, depois de tudo, Alinne falou, em entrevista exclusiva ao Terra , sobre os novos projetos da carreira, que incluem CD, DVD e... um cachorro.
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Alinne Rosa fez um pocket show no Terra em fevereiro; relembre
Isso mesmo, um grande cachorrão, que, na verdade, é apenas um homem fantasiado, estrela seu novo clipe da romântica Nada Está Normal, atual música de trabalho. Mas, calma, por que um cachorro mesmo? "A música fala de um relacionamento que a menina já tinha planejado um monte de coisas e depois o cara para de atender [o telefone] e tal. Então acaba sendo uma cachorrada, né? Mas ele é um cachorro fofo (risos)", explica ela.
O hit é apenas mais um do EP Estilo Meu, o primeiro dos quatro projetos que Alinne pretende executar neste ano: um outro EP, seu primeiro CD solo e a gravação de um DVD. "Eu já fiz o arranjo de uma música inédita e estou preparando a segunda. Eu vou aos poucos, sem muita afobação. Essa coisa de EP é bom por isso, porque você coloca só o que realmente vai mostrar para o público. A gente costumava fazer um CD com 12, 13 faixas e nunca usava tudo. Aí tinha sempre aquela música de encher linguiça. Pô, pra que?", defende.
Mas, voltando ao Carnaval, Alinne Rosa também tentou explicar de onde surgiu a ideia de estrear na folia baiana em 2015 usando nada mais que uma lingerie fio dental. "As coisas acontecem comigo de uma forma muito natural (risos). Assim como foi o clipe... as coisas que mais dão certo na minha vida acontecem quando eu nunca planejo. E aquele figurino, se você olhar bem, é uma camisa esportiva, só que ela é transparente, então, na verdade, ela ia ter umas partes mais cobertas. Só que na hora eu experimentei uma, outra, e não ficou bom. Aí eu estava com o pessoal da minha equipe de moda. E aí fui com a calcinha (risos). ‘Assim ficou bom’, eles falaram. Aí eu acreditei. A culpa não foi minha!", diz ela, tímida, que dribla o constrangimento com um sorriso largo no rosto.
Cansada, a ex-Cheiro de Amor está com a agenda cheia. Mesmo assim, o bom humor permanece firme e forte, e a disposição para o trabalho, bem como para as brincadeiras e piadas, segue ditando o ritmo dos seus compromissos.
Confira a entrevista completa:
Nada Está Normal é uma música bem romântica, assim como o clipe. Então me responda: por que usar um cachorro?
Na verdade foi uma ideia que surgiu do nada mesmo. Eu estava olhando umas fotos com uma galera, a equipe, e perguntei: ‘essa câmera dá para filmar?’ ‘Dá’, eles disseram. ‘Então vamos fazer um clipe dessa música assim, e assim. E eu queria fazer um par romântico com um bichinho, um cachorro’. Simples assim (risos).
É? Não tem relação nenhuma?
Então, mas aí no final das contas a música fala de um relacionamento que a menina já tinha planejado um monte de coisas e depois o cara para de atender [o telefone] e tal. Então acaba sendo uma cachorrada, né? Mas ele é um cachorro fofo (risos).
E rolou o maior suspense nas redes sociais, né? Faz pouquíssimo tempo que você lançou a música, mas já deu para sentir se o retorno do público foi bom?
Deu sim. Do que eu olhei, e na verdade só pude ver ontem, mas todo mundo que assistiu gostou. E estou feliz porque fiz com carinho. Apesar de ser uma coisa meio inusitada, foi com carinho, a gente pensou, e já faz alguns meses que eu gravei, então estava ansiosa para o lançamento, aquele suspense estava me consumindo do mesmo jeito que aos fãs.
É o seu primeiro trabalho depois do Carnaval, não é?
Sim.
Vi que você pretende gravar um DVD solo, mas precisa de um repertório. Você fez um show de cerca de 5 horas de duração no Carnaval. Então, tem bastante repertório, não?
Mas assim, para gravar é diferente, né? Das minhas coisas que gravei no Cheiro [de Amor], eu não tenho autorização para gravar nada. Então, tenho que criar outras músicas, outra história, que começou de um ano pra cá, e agora o próximo passo é fazer um outro EP e assim por diante, criando repertório. Essas cinco músicas [do EP Estilo Meu ] todos os meus fãs já conhecem, então isso de criar repertório é para fazer com que as pessoas saibam que aquela é a minha música, da minha nova fase.
Essa sua música nova foi a primeira mais diferente desde que saiu do Cheiro de Amor. A primeira que fugiu um pouco do axé tradicional. Você pretende se transformar em uma cantora mais romântica, eclética, estilo Ivete Sangalo?
Eu sou bem livre. Sou cantora, canto o que tiver de cantar. Não tenho essa coisa de rótulo nem o preconceito de dizer que não gosto disso ou daquilo. Minha primeira música de trabalho foi bem mais romântica que essa, que foi Complicando Demais, trilha da novela Em Família, e era bem piano e voz e tal. Mas logo em seguida trabalhei mais duas músicas, Chegue Chegando e depois Estilo Meu, que são bem dançantes. Então, gosto de mesclar isso tudo, assim como faço nos shows, quando sempre divido o repertório de forma bem dinâmica. Não tenho preconceito em colocar nada. Qualquer coisa que achar legal, coloco nos shows, e agora estou fazendo isso nas minhas músicas.
Sobre o Carnaval, você sabe que seu look na primeira noite acabou com tudo, né? Então, eu pergunto: de onde surgiu a ideia de subir no trio elétrico, de fio-dental, na sua primeira noite solo no Carnaval de Salvador?
(Risos) As coisas acontecem comigo de uma forma muito natural (risos). Assim como foi o clipe, as coisas que mais dão certo na minha vida acontecem quando eu nunca planejo. E aquele figurino, se você olhar bem, é uma camisa esportiva, só que ela é transparente, então, na verdade, ela ia ter umas partes mais cobertas. Só que na hora eu experimentei uma, outra, e não ficou bom. Aí eu estava com o pessoal da minha equipe de moda e fui com a calcinha (risos). ‘Assim ficou bom’, eles falaram. Aí eu acreditei. A culpa não foi minha!
Mas você curtiu a repercussão?
Eu curti, sim. Me senti bem, até. Carnaval, né? É diferente, porque no Carnaval de Salvador nunca foi um figurino tão usado. Mas você vê no Rio de Janeiro, todas as rainhas de Carnaval, pessoal das escolas de samba... eu sei que é diferente, mas é Carnaval, não deixa de ser. Eu brinquei de Paolla Oliveira, né?
Sim, pois é! Mas mudando de assunto, você fala muito sobre lançamento de primeiro álbum, DVD, mas já tem alguma data?
Provavelmente [lançarei] neste ano. Eu já fiz o arranjo de uma música inédita e estou preparando a segunda. Vou aos poucos, sem muita afobação. Essa coisa de EP é bom por isso, porque você coloca só o que realmente vai mostrar para o público. A gente costumava fazer um CD com 12, 13 faixas e nunca usava tudo. Aí tinha sempre aquela música de encher linguiça. Pô, pra que? Então estou tendo bem mais cuidado com as coisas que vou gravar, as músicas que vou lançar, para realmente gravar sempre o que quero mesmo mostrar. E pretendo fazer o DVD neste ano ainda, tudo depende da rapidez na definição de repertório.
Imagino que você deva ter alguns nomes de preferência profissional, com os quais tem mais afinidade. Você está pensando em parceria, ideias de dueto ou, até mesmo, participação em DVD?
Sempre tem um nome, pessoas mais próximas. E eu também escuto os fãs, o que eles gostariam de ver. Meus amigos, né? Tenho tanto amigo bom na música. Penso em gravar algo com Ivete, ontem eu estava com o Cristiano Araújo e o Wesley Safadão, a gente já falou sobre fazer alguma coisa juntos, de repente pode acontecer também. Gosto de pegar referências e parcerias diferentes também do meu meio.
Se for gravar o DVD, vai ser em Salvador?
Não sei também. Meu sonho seria gravar em uns três ou quatro lugares e juntar tudo. Estou estudando as possibilidades. Estou fazendo um curso, né? Porque agora sou cantora/empresária (risos).
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