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"Artistas de '15 segundos' nem sempre ficam", diz Dilsinho sobre sucessos do TikTok

Pagodeiro compara artistas da plataforma a cometas às vésperas de celebrar 10 anos de carreira

24 jan 2023 - 13h53
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Dilsinho acredita que é preciso criar conexões afetivas com os fãs para fazer o trabalho perdurar
Dilsinho acredita que é preciso criar conexões afetivas com os fãs para fazer o trabalho perdurar
Foto: Divulgação/ Dani Valverde

O efêmero mundo da música às vezes não permite que um cantor alcance os dez anos de carreira, como o pagodeiro Dilsinho começa a celebrar em 2023. Para marcar o início dessas comemorações, o cantor lançou o EP 'Diferentão', com a proposta ousada de agradar o público mais fiel, e atrair mais pessoas para a mistura sonora que decidiu fazer. 

O cantor tem consciência do desafio, principalmente porque as novas tecnologias deixaram o mercado ainda mais veloz e audiência com cada vez menos tempo para consumir um conteúdo.

"Pra quem canta música romântica, essa é a missão mais difícil", admite Dilsinho, em entrevista exclusiva ao Terra. "É difícil você contar uma história em 15 segundos, que as pessoas de primeira entendam o que você está querendo dizer naquela música", acrescenta, em referência ao tempo padrão de um 'Story' do Instagram. 

Para o pagodeiro, é preciso que o trabalho marque as pessoas por mais tempo que um vídeo curto. 

"Os artistas de '15 segundos' nem sempre ficam. Eles nem sempre fazem parte da vida das pessoas por muito tempo", avalia.

Embora reconheça como "maturidade" a habilidade de contar histórias em um tempo tão curto, sem perder de vista a presença na vida das pessoas, Dilsinho defende que o trabalho só perdura se houver conexão afetiva com os fãs. E é isso o que ele diz buscar para seu futuro, inclusive: não ser um "cometa", mas um "artista de carreira".

Dez anos de pagode

Já são dez anos desde quando despontou, em 2013, com seu primeiro álbum, homônimo. De lá para cá, Dilsinho se consolidou no cenário do pagode e no mercado musical brasileiro, com músicas como 'Trovão', 'Refém' e '12 horas'. Em um mercado dominado pelo sertanejo e, mais recentemente, pela bregadeira e piseiro, Dilsinho evita focar nos obstáculos.

Um deles é o poder aquisitivo para impulsionar um artista no começo da carreira, como ocorre com o sertanejo. O pagodeiro se recusa a se limitar à falta de investimento.

Mas os números que acumula nas plataformas digitais mostram que ele tem adotado uma estratégia que funcionam: são mais de três milhões de ouvintes mensais apenas em uma plataforma de streaming, e mais de cinco milhões de fãs no YouTube. 

O sucesso abriu novas possibilidades para o pagodeiro da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, que agora decidiu experimentar mais com o projeto 'Diferentão'. Para ele, o mais importante de sua carreira. 

"Eu entendi o que o meu público estava querendo de mim, e amadureci muito nesse tempo. Completo 10 anos de carreira no final de 2023, e eu tenho certeza de que esse DVD vai me levar para um momento muito especial neste ano", destaca.

A aposta do cantor é que, mesmo um pouco diferente, os fãs cativos ainda vão curtir as novas músicas e entender a proposta da mistura. 

"Eu quis mostrar que as pessoas não precisam ter medo de serem diferentes, e, sim, aproveitar o que elas têm de especial. Eu sempre cantei pagode, mas também cantei um pouco de tudo. Sempre fui uma pessoa com uma personalidade musical muito forte, então eu quis mostrar isso com as participações, que são artistas com os quais eu me identifico de nichos bem diferentes", explica.

Gravado em outubro do último ano, em São Paulo, o álbum reuniu nomes como Gustavo Mioto, Mr. Dan, Diego e Victor Hugo, MC Chris, Cynthia Luz e Kamisa 10, e está já disponível. 

Fonte: Redação Terra
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