As marchinhas de Carnaval voltaram. Conhece as de 2016?
Inspirados nas manchetes de jornais os brasileiros transformaram os problemas do País em diversão
As famosas marchinhas de Carnaval tiveram início em 1899, quando a escola de samba de São Paulo, Rosas de Ouro, lançou a conhecida Ó Abre Alas em seu desfile. Porém, foi entre as décadas de 1920 e 1960 que o estilo ganhou força. Desde então, a cada ano novas marchinhas surgem para animar a festa típica brasileira.
Tirando inspiração das manchetes de jornais – e, convenhamos, assunto é o que não falta –, os brasileiros deixaram a criatividade rolar solta e fizeram com que os problemas do ano ficassem divertidos.
Aedes aegypti
Com o número exorbitante de casos de dengue e Zika vírus, a banda oficial do Carnaval de Nazaré Paulista, São Paulo, criou a marchinha Xô Mosquitão. A letra diz para tomar cuidado com o mosquito da dengue, porque ele pode picar. Também ensina a não deixar água parada e pede ajuda para acabar com as doenças: “Sai fora mosquito, dengue e zika! Sai fora mosquito, aqui a dengue não vem não! Aqui tem conscientização!”
Tragédia em Mariana
“Ó Mariana porque estás tão triste, mas o que foi que te aconteceu? Foi a Vale que arrasou a terra, matou o Rio, nos esqueceu.” Esse trecho foi criado para uma das marchinhas da campanha Ocupa Carnaval, na qual grupos de artistas, ativistas e movimentos sociais do Rio de Janeiro se uniram para criticar problemas do País e da Cidade Maravilhosa.
Crise econômica
A dificuldade financeira que os brasileiros estão enfrentando foi trazida para a festa pelos cariocas. A letra descreve um folião em um bar sem dinheiro para comprar bebidas durante o Carnaval: “A crise está tão braba não tenho pra gastar, querendo ou não querendo no fiado eu vou botar. Pra beber no Carnaval eu vou botar é no fiado”.
Política
Em Pernambuco, a política ganhou espaço nas marchinhas de Carnaval. A crítica é feita ao deputado Eduardo Cunha na música Continha na Suíça, de forma a aparentar que o presidente da Câmara dos Deputados está dizendo “eu também tenho uma continha na Suíça. Ai que delícia! Ai que preguiça ver minha cara todo dia no jornal. Já sei que sou um herói nacional”.
E você? Já criou a sua marchinha?