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Canções Para Um Novo Mundo: Ney Matogrosso e Hecto se unem em álbum colaborativo

O disco conta com nove faixas - sendo seis delas inéditas e participações de Frejat, Ana Cañas e Will Calhoun, do Living Colour

24 jan 2025 - 20h10
(atualizado às 20h22)
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Foto: Ney Matogrosso e Guilhereme Gê, da Banda Hecto Marcos Hermes) / Rolling Stone Brasil

Ney Matogrosso e a banda Hecto, formada por Guilherme Gê e Marcelo Lader, começaram o ano com o pé direito com o lançamento do álbum Canções Para Um Novo Mundo (2025), que já vinha dando as caras com os singles "Teu Sangue" e "Nosso Grito". Com nove faixas, sendo seis inéditas, o projeto conta com participações de grandes nomes nacionais e internacionais: Frejat, Ana Cañas e Will Calhoun, baterista da banda Living Colour.

Em conversa com a Rolling Stone BrasilNey e dizem que a recepção do disco tem sido "a melhor possível." Eles contam que o público entendeu a profundidade das letras e a conexão entre os artistas. E por falar nas letras, o disco é carregado de canções reflexivas. Para escrever algumas das músicas, contou com parcerias de nomes como Paulo Sérgio Valle, Mauro Santa Cecilia, Déa Moura e Sérgio Britto, dos Titãs.

A inspiração de vem dos mais diversos lugares, como conta o músico. A faixa "Teu Sangue, por exemplo, nasceu de uma conversa de dois porteiros. "Um deles falou assim 'uu não aguento mais, ele não me deixa em paz' e o outro virou e falou 'olha, mas é teu sangue'." Ao que Ney completa: "Estava reclamando de outra pessoa, mas era um parente."

Na letra, o compositor explora de maneira mais abrangente como todos poderíamos ser consanguíneos. A canção também se tornou uma espécie de pontapé inicial para as mensagens do disco. 

Parceiros de longa data

Apesar do álbum ser um projeto lançado em 2025, essa não é a primeira parceria entre Hecto e Ney. No ano de 2017, trabalhou em um projeto de teatro musical que homenageou o cantor. "Foi quando a gente se viu pela primeira vez," relembra o veterano.

Posteriormente, no ano de 2021 eles se unem em uma versão do clássico de Milton Nascimentoe Ronaldo Bastos, "Nada Será Como Antes". "Na volta dessa primeira gravação, eu cheguei em casa e pensei como seria 'Teu Sangue', que eu já tinha feito na voz do Ney," relembra , que algum tempo depois, fez um arranjo e mandou para o parceiro.

"Quando eu ouvi a música, gostei tanto dela que — ainda não tinha projeto nenhum — e eu falei 'se você for gravar isso, me convida' e foi aí que começou a aproximação da gente," relembra Ney. A partir disso, Gê trabalhou em faixas que tivessem a mesma temática.

As coisas que eu tenho lido sobre o disco é que as músicas estão no contexto do mundo nesse momento, de um mundo meio desesperado, enlouquecido e meio perdido e, por acaso, a gente vem com um repertório que aborda exatamente isso. - Ney Matogrosso
Mas aponta uma saída! - Guilherme Gê

Um novo mundo

O nome do álbum veio da ideia de que somos um só sangue e "ao mesmo tempo conversa com a Hecto," explica . "Esse nome foi tirado de centena, o hectometro são cem metros. Mas também significa metaforicamente um planeta, eu e o Marcelo nos chamamos de hectarianos. Então seria um planeta onde a arte e o amor predominam, como deveria ser aqui."

Amor universal, respeito e solidariedade é o que os artistas esperam desse novo mundo, ou como sintetiza Ney: "Tudo que não neste [mundo] que a gente está vivendo. Com raras exceções."

O primeiro álbum colaborativo em duas décadas

A última vez que Ney Matogrosso lançou um álbum colaborativo — Vagabundo (2004), com Pedro Luís e a Parede — foi há 21 anos. Ele conta que o que o levou a embarcar em um projeto como esse foi o repertório. "Eu não estava pensando nisso, mas quando o Gê se aproximou e eu comecei a ouvir as músicas, fiquei interessado.

Ele conta que em Vagabundo, a banda ia até a casa dele e juntos iam decidindo o repertório e ensaiando. "Lá não era autoral, aqui é e eu fico muito impressionado com a capacidade do Gê de tocar essa quantidade de instrumentos, fico mesmo."

Visuais

"Teu Sangue" ganhou um clipe dirigido por Batman Zavareze, que já havia trabalhado com Ney em outras ocasiões e que ele elogia: "As coisas mais bonitas que eu já vi, foi ele que fez." Para eles, os visuais ajudam a complementar o que estamos ouvindo.

E se Ney e Hecto já não fossem uma combinação interessantíssima, tudo ganha uma nova camada com as participações de Frejat, Ana Cañas e Will Calhoun. conta que para chamar parceiros para as músicas, ele busca pessoas que tenham conexão artística.

A partir disso, Frejat entra na faixa "Solaris". A necessidade de uma voz feminina fez com que Ney sugerisse o nome de Ana, com quem ele já havia cantado. Aqui, no entanto, a artista mostra uma nova faceta, cantando com mais força do que estamos acostumados.

Calhoun e se conheceram em um workshop no Rio em 2023. Ao saber que ele viria ao Brasil para se apresentar com o Living Colour, o músico pensou que ele seria uma ótima adição ao projeto. Com a ajuda do fotógrafo Marcos Hermes, fotógrafo responsável pela capa, o encontro aconteceu.

Canções Para Um Novo Mundo se trata não somente de um álbum. É um encontro de gerações de que buscam através da música, revolucionar o mundo pela arte. Que privilégio testemunhar esse acontecimento.

Rolling Stone Brasil Rolling Stone Brasil
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