Com público abaixo do esperado, Oasis toca hits em Curitiba
A distância do local do show para o centro de Curitiba e, principalmente, o valor dos ingressos (R$ 160 e R$ 400) frustraram a expectativa dos organizadores da apresentação do Oasis em Curitiba de levar 20 mil pessoas à Arena Expotrade, em Pinhais, Região Metropolitana da capital paranaense, na noite de domingo.
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O público abaixo do esperado provocou algumas situações minutos antes do show, como cambistas desesperados vendendo ingresso a R$ 40, mas o fato que resumiu a decepção dos organizadores com o público foi a abertura da área vip, espaço em frente ao palco, onde o ingresso custava R$ 400, para que pessoas que compraram bilhete para a pista (R$ 160) preenchessem os vários espaços vazios bem próximos ao palco.
Se o fato desagradou à organização, a não lotação da arena foi vista de forma positiva pelos fãs da banda inglesa, que presenciaram um show tranquilo e seguro, sem qualquer incidente.
"Sobre o show, nem precisa falar, sensacional. Mas queria registrar que adorei o local, amplo, confortável, organizado desde as filas, valeu mesmo a pena, disse o estudante Eduardo Lima, 23 anos, que chegou no início da noite e conseguiu estacionar perto da arena e não teve dificuldade para arranjar um bom lugar para assistir a apresentação.
O set list com as músicas do novo CD da banda - Dig Out Your Soul - lançado no ano passado, foi mesclado com os grandes sucessos da carreira do grupo de Manchester, cantadas em coro por todos os presentes. O público curitibano se emocionou com as interpretações de Wonderwall, Cigarettes and Alcohol e Supersonic e foi presenteado com uma versão de I Am The Walrus, dos Beatles, que, depois de quase duas horas, fechou o show.
As tiradinhas entre os integrantes da banda e as brincadeiras com o público foram bem menos frequentes que nos shows do Rio de Janeiro e de São Paulo, mas uma promessa feita durante todo o show deverá ser lembrada pelos paranaenses, que pela primeira vez viram o Oasis tocar em seu estado, "Nós voltaremos em breve", repetiu o vocalista Liam Gallagher.
Dia das mães diferente
Para muitos fãs do Oasis, as comemorações do dias das mães foi bem mais curta neste ano. O tradicional almoço em família teve de ser antecipado, pois, por volta do meio dia já era grande a movimentação em torno da Arena.
O comerciante André Silveira de Mendonça, 27 anos , que veio de Belém, mas tem a família em Curitiba, só tomou o café da manhã com sua mãe, Elsie Siveira, 47.
"Para ela passar todo o dia das mães comigo, teve que vir ao show também", contou. Fã de carteirinha dos ingleses, André, que também carregou a irmã Adriana para o Expotrade, foi só elogios para a apresentação no Paraná.
"Acompanhei o show deles em São Paulo, em 2006. O de hoje foi bem melhor", comentou, André volta a Belem nesta segunda-feira, e só retorna ao trabalho na terça. "O chefe vai entender, pois sou eu mesmo, mas reponho no próximo sábado a falta de segunda pa ninguém reclamar", brincou.
Para a radialista Maria Rafart, 45 anos, a companhia da filha Layla, 15 anos, foi o presente de dia das mães. Sem mostrar muita empolgação em estar chegando no show do Oasis, Layla confessou que só estava lá para agradar sua mãe.
"Estou educando minha filha para o rock, pois ela está ouvindo muita música emo. Ja levei ela num show do The Doors e agora estou trazendo aqui. O presente de dia das mães é ela aceitar vir comigo", contou Marina.
Já a empresário Vera Joll, 50 anos, inverteu o papel no dia das mães e presentou os filhos Alex, 13 anos, e Cláudia 12 anos, com um programa em família no dia das mães. "Bem diferente meu dia das mães, mas estou gostando. São ótimos filhos e mereceram que eu os trouxesse aqui. Mas estou me divertindo bastante também", reconheceu.