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Como era trabalhar com "controladores" no Kiss, segundo Ace Frehley

Guitarrista notou em dado momento que funcionaria melhor se desenvolvesse suas composições sozinho

28 jan 2025 - 08h10
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Foto: Ace Frehley ( Tim Mosenfelder/Getty Images) / Rolling Stone Brasil

Ace Frehley não tem nenhum problema em expor as situações ruins que viveu com o Kiss. O guitarrista, que deixou o já encerrado grupo no início dos anos 2000, alega que os líderes Paul Stanley e Gene Simmons eram controladores em estúdio.

As gravações de um álbum clássico representam o ponto alto desse problema. Em especial, a chegada de um famoso produtor catalisou a situação.

O músico conversou com a revista Goldmine sobre a experiência trazida por seu álbum solo, homônimo, de 1978. A partir daquele momento, Frehley percebeu que trabalhar sozinho poderia funcionar melhor do que com os colegas.

Ele relembra:

Depois do sucesso do meu álbum solo, ficou claro para mim. Percebi que era mais criativo longe daqueles caras porque eles são controladores e gostam das coisas do jeito que eles querem. Não gosto de gravar da maneira que eles gravam. Às vezes eles faziam 20, 25 takes da mesma música e eu dizia: 'estamos chutando cachorro morto aqui'."
Gene Simmons e Ace Frehley, do Kiss, em 1977
Gene Simmons e Ace Frehley, do Kiss, em 1977
Foto: Michael Putland / Getty Images / Rolling Stone Brasil

A prática se tornou ainda mais recorrente quando a banda trabalhou pela primeira vez com Bob Ezrin — notório por comandar as gravações de discos de Alice Cooper e Pink Floyd e outros — no álbum Destroyer (1976). O produtor se dava melhor com o método de Stanley e Simmons.

Frehley comenta:

Isso aconteceu com Bob Ezrin trabalhando em Destroyer. Se estou trabalhando com um baterista, sou apenas eu e o baterista. Se eu não puder acertar em 3, 4, no máximo 5 takes, eu vou dizer: 'vamos tentar outra coisa'. Depois de 5, 6, 7 takes, você começa a perder espontaneidade e a ficar entediado. Fazer 25 takes de uma música é completamente absurdo."

O guitarrista garante ter provado seu ponto em uma das músicas do próprio Destroyer. Na ocasião, em vez de insistir em várias tentativas, a banda optou por engavetar a ideia e começar de novo no dia seguinte. Deu certo, segundo Ace.

Não me lembro em qual música foi, mas foi em uma das canções de Destroyer. Eu disse para Paul e Gene: 'Ouçam, por que não deixamos isso de lado agora e tentamos outra coisa? Podemos vir ao estúdio amanhã e tentar de novo'. E eis que fomos ao estúdio no dia seguinte e fizemos em 2 ou 3 takes porque conhecíamos a música, sabíamos quais eram os obstáculos e o erros que cometemos. Terminamos com espontaneidade."

Kiss, Destroyer e Bob Ezrin

Quarto álbum de estúdio do Kiss, Destroyer foi o responsável por colocar a banda em um patamar acima. Depois de três discos pouco vendidos, o sucesso veio com o ao vivo Alive! (1975). Bob Ezrin foi trazido para garantir que o grupo continuasse em um movimento ascendente na carreira.

Paul Stanley e Gene Simmons descreveriam depois a experiência de gravar com Ezrin como um "acampamento militar musical", com direito a apito pendurado no pescoço do produtor e aulas de teoria musical. A situação deixou Ace Frehley e o baterista Peter Criss incomodados, já que ambos preferiam trabalhar de forma mais relaxada.

Fato é que Destroyer se tornou um dos maiores sucessos do Kiss, com singles como "Detroit Rock City", "Shout it Out Loud" e a balada "Beth". Ezrin voltou a produzir o grupo em dois outros momentos bem distintos: o polêmico Music from 'The Elder' (1981), que marcou a primeira despedida de Frehley, e o pesado Revenge(1992), discos muito diferentes entre si.

+++LEIA MAIS: A notícia que parece provar quem quis colocar fim ao Kiss

Colaborou: André Luiz Fernandes.

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