Dave Chappelle pede para Donald Trump ter empatia por deslocados: 'Seja nos incêndios ou Palestina'
No Saturday Night Live, o comediante também comentou sobre as acusações contra Diddy, refletiu sobre política dos EUA e morte de Jimmy Carter
Um dos principais comediantes de stand-up nos Estados Unidos, Dave Chappelle foi o apresentador da mais recente edição do Saturday Night Live no último sábado, 18, e aproveitou para fazer um pedido para Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, ter empatia com "deslocados," seja aqueles afetados pelos incêndios em Palisades, bairro de Los Angeles, ou Palestina. As informações são da Rolling Stone EUA.
Vale lembrar como esta foi a quarta vez na qual Chappelle apresenta o programa desde 2016. No monólogo de abertura, ele alfinetou Sean "Diddy" Combs e abordou sobre os incêndios florestais que devastam Los Angeles.
"É difícil, você entende o que quero dizer? Porque estou cansado de ser polêmico. Estou tentando virar uma nova página. E é muito cedo para fazer piadas sobre uma catástrofe como essa. Isso é," disse. Então, ele aproveitou para fazer uma piada com a reação da internet. "Então eu entro na internet e assisto esses vídeos de incêndio, leio as seções de comentários e todo mundo fica tipo: 'Sim, isso serve bem para essas celebridades! Espero que suas casas peguem fogo!' Você vê isso? Isso aí? É por isso que odeio pessoas pobres."
Então, o comediante brincou que as estimativas de danos são tão altas "porque as pessoas em Los Angeles têm coisas boas," enquanto poderia "queimar 40 mil acres no Mississippi por US$ 600, US$ 700." Em outro momento, ele comentou que pessoas racionais teriam que "pelo menos considerar a possibilidade de que Deus odeia essas pessoas."
'Sodomitas!' Não, isso não é verdade, porque West Hollywood saiu ilesa. Por que como você pode queimar o que já está em chamas?
Além disso, Dave Chappelle falou sobre outro assunto muito falado em Hollywood: as acusações de abuso, assédio, extorsão e tráfico sexual contra Diddy, que negou tudo e pode ser sentenciado de 15 anos a prisão perpétua se for considerado culpado.
"Muitos dos meus amigos me perguntaram: 'Dave, você sabia alguma coisa sobre aquelas festas malucas?' Eu diria: 'Não, cara. Eu não sei nada sobre malucos,'" disse. Após pensar sobre isso, o comediante brincou: "Oh, meu Deus! Eu sou feio! Rapaz, essa é uma maneira difícil de descobrir isso. Você pode imaginar, eu lendo o jornal e você descobrindo que todo mundo em Hollywood fez uma orgia nas suas costas?"
Por fim, Chappelle encerrou com discurso para Donald Trump, referiu-se à morte de Jimmy Carter e falou sobre o atual presidente não esquecer a "humanidade."
"O problema é o seguinte: na segunda-feira [20 de janeiro de 2025], Donald Trump voltará. Ele será o 47º presidente. Ele fez isso de novo," afirmou. "E todas as bandeiras terão meio mastro porque Jimmy Carter morreu. Jimmy Carter - as pessoas vão e voltam e dizem que ele foi um mau presidente ou um bom presidente. Não estou qualificado para falar sobre isso. Mas vou te dizer uma coisa: estive no Oriente Médio anos atrás, depois que abandonei meu programa. Eu estava tentando descobrir o que queria fazer da minha vida."
Enquanto eu estava lá, Jimmy Carter voou para Israel. Portanto, toda a gente na região falava de um antigo presidente americano estar no Médio Oriente. E enquanto ele estava em Israel, um livro dele foi lançado, e seu título foi muito controverso em Israel. E o título do livro era Palestine: Peace Not Apartheid.
Dave Chappelle's monologue! pic.twitter.com/qSkjGsfnv1
— Saturday Night Live - SNL (@nbcsnl) January 19, 2025
+++LEIA MAIS: Comediante Dave Chappelle faz críticas à violência policial em novo especial de stand-up da Netflix; assista
+++LEIA MAIS: Dave Chappelle: Após acusação de transfobia em especial, humorista é confirmado em festival de comédia da Netflix; entenda
+++LEIA MAIS: Bob Saget: Dave Chappelle se arrepende de não responder última mensagem do amigo; entenda
+++LEIA MAIS: Dave Chappelle é atacado no palco durante show
+++LEIA MAIS: Foo Fighters: Dave Chappelle canta 'Creep' (mais uma vez) em tributo a Taylor Hawkins