Entrevista | Reddy Allor, drag queen do sertanejo, expõe rejeição e preconceito nos bastidores e adianta detalhes de novo álbum
Reddy Allor conversou com o Purepeople sobre a carreira, os bastidores do sertanejo e a nova era. Confira!
Desde o final da década passada, a indústria musical assiste atenta à ascensão de um subgênero do sertanejo encabeçado por pessoas LGBTQIAPN+ que, cansadas da heteronormatividade e do conservadorismo do mainstream, fundaram um movimento para cantar as vivências da comunidade sem abandonar o amor pela música caipira. Esta cena recebeu o nome de Queernejo e um dos principais destaques é a drag queen Reddy Allor.
Muito antes de assumir a persona Reddy, o paulista Guilherme Bernardes Duarte já cantava sertanejo. Na adolescência, fundou uma dupla ao lado do irmão, Gabriel, que hoje segue carreira solo como Gah Bernardes. Mesmo com o crescente sucesso do trabalho, a artista enfrentava situações desconfortáveis nos bastidores, o que a afastou aos poucos da cena.
"Eu sempre amei cantar, ser artista e dividir momentos de evolução com o meu irmão, o palco pra mim é mágico. Nos bastidores, era sempre um lugar que não me cabia, não me identificava com as pessoas, com os assuntos e me sentia excluído justamente por não ter conexão com aquelas vivências. Depois que eu disse abertamente sobre minha sexualidade ficou pior, sempre ouvindo piadas desnecessárias e comentários sobre meu jeito, roupas e qualquer coisa que não fosse heteronormativo", desabafa.
A Reddy surge no contexto do sucesso meteórico de drag queens popstars no Brasil. Ela se torna sucesso entre o público LGBTQIAPN+ em 2022, quando foi uma das vencedores do reality show "Queen Stars Brasil", exibido pela Max e apresentado por Pa...
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