Filme brasileiro 'Retratos Fantasmas' entra na lista de melhores do ano do The New York Times
O documentário de Kleber Mendonça Filho foi descrito como emocionante e 'intelectualmente estimulante' pela crítica americana
O filme brasileiro Retratos Fantasmas (2023), dirigido por Kleber Mendonça Filho, foi selecionado como um dos melhores do ano pelo The New York Times. A obra ocupa a sexta posição no ranking da crítica Manohla Dargis, destacando-se entre produções renomadas como Furiosa: Uma Saga Mad Max e Megalopolis, de Francis Ford Coppola.
Sobre o filme
Lançado em 2023, Retratos Fantasmas explora a história de Recife (PE) por meio do desaparecimento das salas de cinema de rua, um fenômeno que moldou comportamentos na capital pernambucana. Descrito pela crítica do NYT como "formalmente vibrante e intelectualmente estimulante", o documentário já havia sido exibido fora de competição no Festival de Cannes.
No centro do Recife, no século XX, conheça a história do centro da cidade contada a partir das salas de cinema que movimentavam a população e ditavam comportamentos.
Contudo, outra grande aposta brasileira, Ainda Estou Aqui (2024), de Walter Salles, não foi incluída no ranking, pois ainda não estreou no circuito comercial americano. O longa, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, terá exibições limitadas em janeiro para se qualificar ao Oscar e chegará aos cinemas dos Estados Unidos em fevereiro.
Lista completa dos melhores filmes de 2024
Segundo a crítica Manohla Dargis, os dez melhores filmes lançados nos Estados Unidos este ano foram:
- Tudo que Imaginamos como Luz (All We Imagine as Light), de Payal Kapadia (Índia)
- Ernie Gehr: Mechanical Magic, de Ernie Gehr (EUA)
- A Verdadeira Dor (A Real Pain), de Jesse Eisenberg (EUA)
- Não Esperes Demasiado do Fim do Mundo (Do Not Expect Too Much from the End of the World), de Radu Jude (Romênia)
- Dahomey, de Mati Diop (França)
- Retratos Fantasmas (Pictures of Ghosts), de Kleber Mendonça Filho (Brasil)
- Furiosa: Uma Saga Mad Max (Furiosa: A Mad Max Saga), de George Miller (EUA)
- Megalopolis, de Francis Ford Coppola (EUA)
- Borda Verde (Green Border), de Agnieszka Holland (Polônia)
- Here, de Bas Devos (Bélgica)
Além da lista de Dargis, outros críticos do The New York Times, como Alissa Wilkinson, também incluíram obras de destaque como Nickel Boys, de RaMell Ross, e Soundtrack to a Coup d'Etat, de Johan Grimonprez. Confira:
- Nickel boys, de RaMell Ross (EUA);
- Eno, de Gary Hustwit (EUA);
- Anora, de Sean Baker (EUA);
- Soundtrack to a coup d'Etat, de Johan Grimonprez (Bélgica/França/Países Baixos);
- Evil does not exist ("Aku wa sonzai shina"), de Ryusuke Hamaguchi (Japão);
- Planeta Janet ("Janet Planet"), de Annie Baker (EUA);
- Borda verde ("Green border"), de Agnieszka Holland (Polônia);
- Good one, de India Donaldson (EUA);
- A extraordinária vida de Ibelin ("The eemarkable life of Ibelin"), de Benjamin Ree (Noruega);
- Union, de Brett Story and Stephen Maing (EUA).