Gilberto Gil anuncia data extra em Recife após ingressos se esgotarem
Novo show está confirmado para o dia 23 de novembro, no Classic Hall
O início foi grandioso: 53 mil pessoas assistiram à estreia de Tempo Rei, última turnê de Gilberto Gil, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), no dia 15 de março. Agora, mais um exemplo da força deste, que é um dos maiores cantores brasileiros, todos os ingressos para a apresentação marcada para o dia 22 de novembro, no Classic Hall, em Recife, estão esgotados.
Mas os fãs da capital pernambucana ganharão uma nova oportunidade de presenciar Gilberto Gil no palco, pois a cidade terá uma data extra, no dia 23 de novembro, também no Classic Hall. A pré-venda de entradas acontece a partir das 10h do dia 24 de março e a venda geral começa ao meio-dia, do dia 27 de março, ambas no site da Eventim.
Quando Gilberto Gil compôs o clássico Tempo Rei, em 1984, ele propunha uma resposta à canção Oração ao Tempo, de Caetano Veloso. Enquanto a música do seu conterrâneo (e contemporâneo) surge com uma ideia de que o tempo e aquele que o inventou desaparecerão, a letra de Gil traz um vago desejo de permanência e transformação.
Não à toa, Gilberto Gil escolheu Tempo Rei para dar nome à sua turnê de despedida.
Gilberto Gil vem amadurecendo a ideia de não realizar mais turnês há algum tempo (!). É uma reflexão que ele enxerga como natural e a decisão visa diminuir a intensidade de sua agenda. Há também uma mudança de perspectiva: agora menos centrada no plano material e mais próxima à espiritualidade.
Gilberto Gil e a turnê de despedida 'Tempo Rei'
A turnê Tempo Rei será a experiência de celebrar a ampla obra musical do cantor e compositor baiano, trilha sonora que está enraizada na cultura do país, além de estar presente no DNA de todo brasileiro.
O princípio de Gilberto Gil na música foi com o acordeão (inspirado por Luiz Gonzaga), nos anos 1950. E sua sonoridade foi se moldando no passo em que outras referências chegaram ao seu alcance. De João Gilberto e da bossa nova a Dorival Caymmi; até que ele se conectasse com o violão - instrumento que abriga as harmonias particulares de sua obra até hoje.
Com o passar das décadas, ficou evidente uma unidade muito preciosa no catálogo fonográfico de Gil, com canções que sempre retrataram o país, e uma musicalidade moldada por formas rítmicas e melódicas muito pessoais.