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Guitarrista do Angra assina laudo para provar que Adele plagiou músico brasileiro

Rafael Bittencourt foi escolhido por seu histórico de formação acadêmica em composição e arranjo

20 jan 2025 - 13h46
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O guitarrista do Angra, Rafael Bittencourt, foi convidado pela defesa de Toninho Geraes para redigir um laudo que será usado como prova do plágio da música Mulheres. A canção teria sido copiada pela cantora Adele e pelo produtor americano Greg Kurstin, que assinam Million Years Ago, lançada no álbum 25, da britânica, em 2015.

Angra. Felipe Andreoli (baixo), Rafael Bittencourt (guitarra) e Bruno Valverde (bateria)
Angra. Felipe Andreoli (baixo), Rafael Bittencourt (guitarra) e Bruno Valverde (bateria)
Foto: Alex Silva/Estadão / Estadão

De acordo com o advogado Fredímio Biasotto Trotta, que está na defesa do compositor brasileiro, "o laudo está sendo elaborado por Rafael Bittencourt e já estaria em fase de finalização".

Ainda segundo Fredímio, o guitarrista foi escolhido por ter formação acadêmica em composição e arranjo, o que gera mais credibilidade ao laudo. "Neste processo, a obra original e a questionada são analisadas em profundidade, buscando as similaridades explícitas e as mascaradas", explica o advogado.

Ao O Globo, o músico disse que "as duas obras podem ser executadas simultaneamente sem cacofonia, sem macular a harmonia, a ideia rítmica ou a melodia". O que indicaria um plágio. O artista disse também que não acredita em má-fé na composição da cantora britânica, mas que eles podem ter ouvido a canção de Toninho tantas vezes que, na hora de compor Million Years Ago, não se deram conta de que era uma cópia.

Toninho Geraes acusa suposta defesa de Adele de falsificar assinaturas em procuração.
Toninho Geraes acusa suposta defesa de Adele de falsificar assinaturas em procuração.
Foto: @toninhogeraesoficial via Instagram e @adele via Instagram / Estadão

A defesa de Adele e da Universal Music Publishing, sua editora no Brasil, nega o plágio. De acordo com eles, há semelhanças entre as duas músicas motivadas por um clichê, que seria uma Progressão de Acordes pelo Círculo de Quintas, uma sequência harmônica utilizada desde o período barroco, com exemplos em Vivaldi e Bach.

No entanto, o advogado de Toninho, que também é músico, rebate a defesa, explicando que elas "não estão em sequência de quintas (ciclo de quintas), como alega a Universal, mas em quartas ascendentes. E só os quatro primeiros acordes, os restantes seguem padrões diferentes". Ele ainda aponta que a dupla Kurstin e Adele pinçou a melodia no formato da interpretação se Simone e a harmonia (sequência de acordes, de acompanhamento) da gravação de Martinho da Vila.

Enquanto o processo corre, a defesa de Toninho conseguiu uma liminar na justiça que pediu a retirada da música de Adele das plataformas digitais, o que ainda não aconteceu.

Estadão
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