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Gustavo Bertoni, do Scalene, faz um convite ao seu íntimo com novo disco solo

Álbum 'Where Light Pours In' chega às plataformas nesta sexta-feira, 17, pelo selo slap

17 ago 2018 - 00h12
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Aquelas 80 pessoas, lotação máxima do Planetário de Brasília, no festival CoMA, não era um número expressivo como as 80 mil que estavam diante do Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, na edição passada do festival. Ainda assim, o brasiliense Gustavo Bertoni, de 24 anos, sentia a ansiedade escorrer pelas palmas das mãos.

Não teria, daquela vez, os outros integrantes do Scalene, banda com a qual ele tem vivido os mais intensos e loucos anos - e também toda a sua vida adulta. Nos últimos três anos, ele tem circulado pelo País, fez sucesso no reality show da TV Globo (o grupo disputou e ficou em segundo lugar no programa Superstar), lançou discos e EPs, colaborações e canções inéditas.

Ali, era ele e seu violão - e Samyr Aissami, amigo e músico que acompanha o Scalene e quem tocou percussão no segundo registro solo de Gustavo. Tratava-se de uma espécie de pré-lançamento de Where Lights Pours In, o segundo álbum do vocalista do Scalene (a estreia foi The Pilgrim, de 2015, pouco antes da loucura boa tomar conta da carreira da banda de Brasília).

Desta vez, Gustavo tratará o álbum como se deve, explica ele, com trabalho de divulgação, shows, singles e clipes. Daí vem o nervosismo.

Embora não pareça, já que o mesmo Gustavo encarou aquela multidão do Rock in Rio, aquela apresentação realizada no último sábado, 11, no Planetário cidade na qual nasceu, teve um gostinho de estreia para o músico. "Não ficava tão nervoso assim desde o Rock in Rio", admitiu Gustavo, ao microfone, antes de receber suspiros de "own" por parte dos presentes.

Depois, em um escritório transformado em camarim, o músico explica ao Estado que mais do que "nervosismo", sentiu foi uma "ansiedade enorme". "É muito tempo de trabalho até chegar aqui", ele diz.

E se o Scalene tem o poderio do coletivo nas suas composições em português, o Gustavo Bertoni solo é a força do gogó dele com letras em inglês aliada ao violão melancólico de influências que vão de Simon & Garfunkel a Sufjan Stevens (o herói indie que não ganhou, mas merecia, o Oscar pela canção-tema de Me Chame Pelo Seu Nome).

Mais intimista, mais minimalista, mais próximo. Esse é Where Light Pours In, um trabalho no qual Gustavo abre a porta de si mesmo - importante dizer que o Scalene segue firme e bem. Revisitou as mudanças que viveu nos últimos três anos com a banda, examinou erros e acertos e entrega muito de si.

Be Here Now é um exemplo dessa entrega. O single, lançado duas semanas atrás, trata desse sentimento agridoce, de vitórias e derrotas e, principalmente, de entender quem se é hoje. O resultado foi tão bom que a canção entrou na lista de 50 sucessos virais do Spotify mundial - ouviu isso, Anitta?

E Gustavo está pronto para entender essa nova fase. "Nos últimos três anos, eu lancei 54 músicas se somarmos esse disco. São 18 canções por ano!", ele diz, somando o trabalho solo, com a banda e as colaborações com outros grupos. "Foi bom parar, respirar, refletir sobre o que aconteceu. Coloquei meu ego de lado e mergulhei nisso."

Estadão
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