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Há 25 anos, o Brasil se despedia de Leandro, da dupla com Leonardo 

22 jun 2023 - 17h46
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Leandro e Leonardo foram alguns dos artistas que mais mexeram com o sertanejo e a indústria musical brasileira como um todo.

A carreira de sucesso nos anos 1980 e 1990, embalada por hits estrondosos que são amados até os dias de hoje, acabou de maneira tristemente prematura com a morte de Leandro.

Foto: Wikimedia Commons / Felipe Demarães / The Music Journal

No dia 23 de junho, aniversário de 25 anos da morte do cantor, relembre a trajetória de sucesso da dupla dos irmãos sertanejos.

Antes de adotarem os nomes Leandro e Leonardo, Emival Eterno Costa e Luís José da Costa trabalhavam na plantação de tomates da família. Quando percebeu a vocação artística, Luís entrou para a banda Os Dominantes, fazendo covers de Roberto Carlos e Beatles como o vocalista. Seu trabalho ganhou certo destaque em Vianópolis, em Goiás, mas nada próximo da fama.

Em 1983, Luís decidiu abandonar a banda para formar dupla com o irmão Emival, que na época trabalhava em uma farmácia.

Foi nesse mesmo tempo que resolveram escolher nomes artísticos. Um dos funcionários da farmácia tinha acabado de ter filhos gêmeos - Leandro e Leonardo.

Rapidamente, a dupla venceu um programa de calouros na TV local. Com o dinheiro do prêmio, foram para São Paulo gravar o primeiro álbum. Com tiragem de apenas 500 cópias, o projeto fracassou, mas serviu como cartão de visita para as gravadoras.

Em 1986, Leandro & Leonardo Vol. 1 foi lançado. Um ano depois, o segundo volume já estava pronto. A essa altura, eles já eram famosos no meio sertanejo goiano.

O alcance nacional, no entanto, só chegou em 1989, quando lançaram Leandro & Leonardo Vol. 3 pela gravadora Continental.

O primeiro grande sucesso foi a música Entre Tapas e Beijos, escrita por Nilton Lamas e Antônio Bueno. O disco também contava com composições e regravações de artistas já renomados, como Roberta Miranda e Zezé di Camargo, o que contribuiu para conquistar o público.

Leandro & Leonardo foi lançado em 1990 pela gravadora Chantecler, tornando-se o mais vendido da dupla, com mais de 3 milhões de cópias. As canções Pense em Mim e Desculpe, Mas Eu Vou Chorar abalaram não somente o circuito sertanejo, mas a música brasileira em geral.

Um ano depois, as músicas Não Olhe Assim, Paz Na Cama e Não Aprendi Dizer Adeus caíram nas graças do público com o lançamento de Leandro & Leonardo Vol. 5. Já o sexto álbum, de 1992, deu luz a hits como Esta Noite Foi Maravilhosa e Temporal de Amor - que atravessou as fronteiras e ganhou versão castelhana.

Mexe Mexe veio em 1993, enquanto Dor de Amor Não tem Jeito foi lançada em 1994. A popular Festa de Rodeio fez parte do novo álbum de Leandro e Leonardo, de 1995, junto com a romântica Eu Juro (versão em português de I Swear, de F.J.Myers e G.Baker).

O décimo e décimo primeiro álbum, de 1996 e 1997, alavancaram sucessos como Doce Mistério, Eu Sou Desejo, Você é Paixão, Horizonte Azul, Sempre Será e Cerveja. Também em 97, os irmãos gravaram o clipe de Essas Mulheres no Japão, enquanto estavam em turnê, e participaram do Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, no Chile.

A doença de Leandro e o fim da dupla

Em abril de 1998, Leandro teve um episódio de desmaio. Quando foi levado para o hospital, fez um raio-X que descobriu um tumor no pulmão tão grande quanto uma laranja. Após buscar tratamentos no Brasil e em outros países, o diagnóstico concreto foi de tumor de Askin, um tipo raro e agressivo de câncer pulmonar. As chances de sobrevivências eram mínimas.

Ele apareceu pela última vez na sacada de seu apartamento em 1998. Enrolado com a bandeira brasileira, ele demonstrava apoio à Seleção em época de Copa do Mundo.

Leandro faleceu em 23 de junho daquele mesmo ano, marcando o fim da dupla com Leonardo.

The Music Journal The Music Journal Brazil
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