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"Killing in the Name", do Rage Against the Machine, atinge 1 bilhão de streams no Spotify

Guitarrista Tom Morello celebrou conquista pelas redes, agradecendo àqueles que "amaram, odiaram ou gostaram sem entender" a letra

11 jan 2025 - 16h17
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Rage Against the Machine ao vivo em 1993
Rage Against the Machine ao vivo em 1993
Foto: Jeff Kravitz / FilmMagic Inc / Rolling Stone Brasil

O clube do bilhão ("billions club") do Spotify acaba de ganhar mais um integrante. O Rage Against the Machine chegou pela primeira vez à celebrada marca de reproduções na plataforma com "Killing in the Name", seu primeiro e maior hit.

A faixa está presente no álbum de estreia do grupo, homônimo e lançado em 1992. O disco, um dos mais influentes da década de 1990, acumula múltiplas certificações de platina nos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia, registrando mais de 4 milhões de cópias vendidas mundialmente.

Rage Against the Machine em 1993: (D-E) Zack De La Rocha, Tim Commerford, Brad Wilk e Tom Morello -
Rage Against the Machine em 1993: (D-E) Zack De La Rocha, Tim Commerford, Brad Wilk e Tom Morello -
Foto: Gie Knaeps / Getty Images / Rolling Stone Brasil

Tom Morello, guitarrista e um dos compositores da canção, exaltou a conquista em publicação no X/Twitter. Por meio da rede social, ele declarou:

"'KILLING IN THE NAME' acaba de atingir 1 bilhão de streams no Spotify! Obrigado a todos que ouviram: aqueles que amaram, aqueles que odiaram e aqueles que gostaram sem entender. Prova justa de que a música rebelde e a ironia estão vivas e passam bem."

Entre outras canções que atingiram a marca de 1 bilhão de reproduções no Spotify nos últimos dias, estão "Where is My Mind?" (Pixies), "Take Me Out" (Franz Ferdinand), "...Baby One More Time" (Britney Spears), "Power" (Kanye West) e "DJ Got Us Fallin' in Love" (Usher feat. Pitbull). A plataforma contabiliza mais de 840 faixas contempladas pela marca.

Rage Against the Machine e "Killing in the Name"

"Killing in the Name" serviu como primeiro single do disco de estreia do Rage Against the Machine. A faixa em formato promocional foi disponibilizada no mesmo dia do álbum: 2 de novembro de 1992, pela Epic. A própria banda assina a produção ao lado de Garth "GGGarth" Richardson (Mudvayne, Melvins, Kittie, Biffy Clyro).

Embora atemporal, a letra de protesto contra a brutalidade policial é inspirada um tema muito comentado na época: o espancamento de Rodney King por parte de quatro agentes, em 1991, e os tumultos relacionados em Los Angeles, no ano seguinte. A parte melódica é guiada por um riff criado por Tom Morello enquanto ele dava uma aula de guitarra — mais especificamente sobre drop-D, afinação que deixa a corda mais grave (mizona) um tom abaixo das demais, gerando uma sonoridade pesada e muito utilizada por bandas de heavy metal.

Tom Morello, guitarrista do Rage Against the Machine -
Tom Morello, guitarrista do Rage Against the Machine -
Foto: Srdjan Stevanovic / Getty Images / Rolling Stone Brasil

Por sua letra controversa e recheada de palavrões, "Killing in the Name" não recebeu tanta atenção das rádios americanas na época. Em outros locais na Europa e Nova Zelândia, fez bastante sucesso. Hoje, é a canção mais conhecida do grupo.

Em 2009, a faixa motivou uma campanha online: fãs queriam colocá-la no topo das paradas de Natal do Reino Unido para evitar que vencedores do programa de talentos The X Factor conquistassem tal feito. A iniciativa teve apoio de nomes como Dave Grohl, Paul McCartney e Prodigy. Deu certo: atingiu o primeiro lugar do ranking em questão e ainda motivou uma entrada no Guinness Book, o livro dos recordes, como a música digital de venda mais rápida em território britânico, com 502.672 downloads pagos em uma semana.

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