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Partido de Bolsonaro vai ao TSE contra Lollapalooza após Pabllo Vittar exibir bandeira de Lula

O PL alega que atos de Pabllo Vittar e de outros artistas que criticaram Bolsonaro se assemelham a showmício e ferem a lei eleitoral

26 mar 2022 - 17h45
(atualizado às 18h06)
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Pablo Vittar levanta bandeira com rosto de Lula no Lollapalooza
Pablo Vittar levanta bandeira com rosto de Lula no Lollapalooza
Foto: Reprodução | Twitter

BRASÍLIA - Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL entrou neste sábado com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o festival de música Lollapalooza após artistas como Pabllo Vittar criticarem o chefe do Executivo e exaltarem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro e líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida eleitoral deste ano.

Pabllo chegou a exibir uma bandeira de Lula em sua apresentação, fato apontado pelo PL na peça judicial. De acordo com a legenda, o ato se assemelha a showmício e fere a lei eleitoral.

Ao Broadcast Político, a advogada Caroline Lacerda, sócia do escritório de Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, que atende a campanha de Bolsonaro, diz que o evento precisa "instruir os artistas".

"Neste momento do ano eleitoral, não é permitido fazer exaltação a nenhum candidato e também não é permitido falar mal de nenhum candidato. A lei eleitoral veda tanto a propaganda antecipada quanto a propaganda negativa", afirmou a advogada à reportagem. "Por descumprimento da lei, a gente pediu ao TSE notificar o evento para que ajuste a conduta dos artistas que ainda forem fazer shows hoje e amanhã", acrescenta.

A peça apresentada ao TSE diz que manifestações políticas em apresentações musicais em ano eleitoral se assemelham a showmício e, por isso, supostamente configuram propaganda eleitoral irregular.

"O ato induz a concluir que o beneficiário [Lula] seria o mais apto [nas eleições], posto que conta com o apoio de artista renomado e gritos de apoio do público", diz a representação do PL, que pede à empresa organizadora do Lollapalooza advertir os cantores. "Impedindo a prática de ilícitos aqui incluídos os cíveis, administrativos, criminais e eleitorais sob aqueles que, naquele momento, atuam em seu nome".

Os advogados da legenda dizem que a organizadora do Lollapalooza pode sofrer multa "condizente ao grande poder econômico da organização de um evento deste porte" caso manifestações políticas voltem a acontecer no festival, que começou na sexta-feira e tem programação até amanhã, domingo.

O PL também cita as críticas da cantora internacional Marina ao presidente brasileiro. "Estamos cansados dessa energia", disse Marina. A banda Strokes soltou um "Fora, Bolsonaro" ao final de seu show, mas o episódio não foi relatado pelo partido.

Estadão
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