TSE proíbe manifestações políticas no Lollapalooza
Órgão eleitoral acatou pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que alegou que a cantora Pabllo Vittar fez campanha eleitoral antecipada ao segurar durante show uma toalha com o rosto do ex-presidente Lula.O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou neste domingo (27/03) pedido do Partido Liberal (PL), sigla do presidente Jair Bolsonaro, e proibiu manifestações políticas durante os shows do festival Lollapalooza, que ocorre em São Paulo neste fim de semana. A decisão foi do ministro do TSE Raul Araújo.
O pedido do PL foi feito no sábado, após a cantora Pabllo Vittar erguer por alguns momentos uma toalha com o rosto do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva em seu show, na sexta-feira. Ela também entoou com o público gritos de "Fora Bolsonaro".
Segundo o ministro do TSE, a manifestação "caracteriza propaganda político-eleitoral". Desta forma, Araújo determinou que fica proibida "a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival". Se descumprida a ordem, a multa pode chegar a R$ 50 mil.
Apesar da proibição, a banda Fresno, que se apresentou na tarde deste domingo no festival, exibiu no telão as palavras "Fora Bolsonaro" e o vocalista Lucas Silveira gritou o mesmo no microfone.
PL realiza megaevento em Brasília
O PL havia argumentado no pedido que Pabllo Vittar havia feito propaganda eleitoral antecipada. O partido realiza neste domingo um megaevento em Brasília, que chamou de "ato de filiação", com o objetivo de reunir apoiadores de Bolsonaro.
Inicialmente, o evento estava sendo anunciado, inclusive pelo próprio presidente, como um ato de pré-candidatura de Bolsonaro à reeleição, mas o nome foi trocado, pois havia o temor que pudesse violar a lei eleitoral.
Datafolha mostra vantagem de Lula
Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira, mostra que Lula segue liderando a disputa eleitoral para a Presidência, no pleito de outubro, com 43% das intenções de voto. Em segundo lugar, está Bolsonaro, com 26%.
Em terceiro e quarto, aparecem, respectivamente, o ex-juiz federal Sergio Moro (Podemos, 8%) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT, 6%).
Foram ouvidos 2.556 eleitores, em 181 cidades de todo o país, nesta terça e quarta-feira. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.
le (ots)