Script = https://s1.trrsf.com/update-1735848910/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Margareth Menezes e Daniela Mercury defendem religiões de matriz africana em meio à polêmica de Claudia Leitte

Ministra e cantora abordaram racismo e a importância do respeito às tradições afro-brasileiras durante evento em Salvador

2 jan 2025 - 18h20
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: Divulgação/Camarote Baiano / Pipoca Moderna

Declarações ao Pôr do Som

As cantoras Margareth Menezes, ministra da Cultura, e Daniela Mercury fizeram declarações em defesa das religiões de matriz africana durante o evento Pôr do Som, que comemorou 25 anos na noite de quarta-feira (1/1), em Salvador. Ambas destacaram a importância de combater preconceitos históricos e valorizar as tradições afro-brasileiras.

Margareth destacou a necessidade de reconhecer a trajetória de perseguição enfrentada pelo povo afro-brasileiro. "É importante a gente buscar na história desse povo afro-brasileiro, dessa cultura, tantas perseguições, desde o tempo da escravidão. Está na hora da gente pensar melhor e se comportar melhor em relação aos direitos dos povos afro-brasileiros. É muito digno que a gente respeite as religiões de matriz africana."

Daniela Mercury conectou o preconceito religioso ao racismo estrutural. "O axé é a força que emana de tudo que é vivo. Que a gente aprenda a se amar, porque se o candomblé sofre preconceito é porque o preto sempre sofreu preconceito, isso é uma consequência do racismo."

A cantora ressaltou o impacto das religiões afro-brasileiras em sua identidade e cultura. "Eu não seria quem sou sem os terreiros de candomblé, sem o povo que mantém sua cultura através da sua religião. Então, eu bato cabeça."

Polêmica com Claudia Leitte

Embora Margareth e Daniela não tenham mencionado nomes, as declarações foram interpretadas por fãs como um recado à cantora Claudia Leitte. Recentemente, Claudia foi alvo de críticas após substituir a palavra "Iemanjá" por "Yeshua" na música "Caranguejo". A mudança gerou denúncia de racismo religioso formalizada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Idafro (Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras) ao Ministério Público da Bahia, que está avaliando o caso.

A denúncia afirma que a conduta da cantora foi "difamatória, degradante e discriminatória" contra as religiões de matriz africana.

Claudia comentou a controvérsia no dia 29 de dezembro. "Esse é um assunto muito sério. Daqui do meu lugar de privilégio, o racismo é uma pauta que deve ser discutida com a devida seriedade, e não de forma superficial. Prezo muito pelo respeito, pela solidariedade e pela integridade. Não podemos negociar esses valores de jeito nenhum, nem jogá-los ao tribunal da internet."

Denúncia e contexto cultural

A mudança na letra de Claudia Leitte reacendeu o debate sobre o apagamento de referências afro-brasileiras na cultura nacional. Para líderes religiosos e instituições como o Idafro, episódios como este refletem uma tentativa de deslegitimar tradições de matriz africana. A denúncia segue em análise pelo Ministério Público.

Pipoca Moderna Pipoca Moderna
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade