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Mark Lanegan volta a SP: curti o momento e a mudança de som

Vocalista volta ao Brasil para mostrar seu novo álbum solo, 'Phantom Radio', com show em São Paulo

29 mai 2015 - 18h24
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O "hello" rouco do outro lado da linha entrega de cara uma das marcas registradas do entrevistado. No meio da turnê de seu novo álbum, Mark Lanegan conversou por telefone com Terra para falar sobre seu próximo show no Brasil, marcado para o dia 30 de maio no Cine Joia, em São Paulo.

Conhecido como líder do Screaming Trees - banda que embarcou no grunge dos anos 90, mas não despontou em altos voos como Pearl Jam e Nirvana -, o norte-americano de 50 anos é econômico nas suas poucas e roucas palavras. Em contrapartida, Lanegan se mostra empolgado com a música e determinado a se reinventar quantas vezes for necessário.

Foto: Divulgação

Phanton Radio, lançado no ano passado, é sucessor de Blues Funeral (2012). Embora sua sonoridade seja um pouco mais solar e contagiante, Lanegan acha que seu som tenha caminhado de forma natural.

"Isso começou com Blues Funeral quando comecei a usar mais elementos eletrônicos. Acabei gostando do processo e do resultado. Foi uma continuidade nesse álbum. Eu realmente curti o momento e a mudança de som. Depois de gravar alguns discos eu preciso mudar algumas coisas para torná-las interessantes para mim", afirmou.

O show na capital paulistana contará com um setlist baseado principalmente nos álbuns mais recentes, mas também deve contar com músicas dos discos anteriores, como o elogiado Bubblegum, de 2004. "Tenho tentado misturar um pouco as coisas. Não consigo tocar tudo porque é muita coisa (risos)", explicou.

Para quem não acompanhou essa caminhada de Lanegan como artista solo ou colaborador de diversos projetos, como Queens of the Stone Age e a dupla com Isobel Campbell, do Belle and Sebastian, Phantom Radio está anos luz de distância daquele cabeludo de camisa flanelada de 1992.

Para Lanegan, essa renovação que o motiva a participar de tantos projetos e investir sua carreira solo. 

"Eu gosto de ouvir música nova. Foi assim que comecei a tocar quando era somente um fã. Eu me senti motivado a tocar também. Eu continuo com essa mesma curiosidade adolescente de encontrar algo que me deixe empolgado. Sempre tem alguma coisa", disse.

E são muitos projetos no currículo de Mark Lanegan. Além de QOTSA e Isobel Campbell, já citados anteriormente, ainda há The Gutter Twins, uma dupla com Greg Dulli, do Afghan Whigs, Mad Season, e um monte de aparições em álbuns como convidado.

Falta alguém nessa lista?

"São centenas de músicos que eu admiro e gostaria de trabalhar se tivesse a oportunidade. Brian Eno sempre surge na minha cabeça quando ouço essa pergunta".

Foto: Divulgação

O primeiro show de Mark Lanegan no Brasil aconteceu em 2009. Desde lá, o encontro se tornou quase rotineiro. O vocalista voltou em 2010, 2012 e 2013. 

"Desde a primeira vez que estive aí, o público tem sido muito caloroso, entusiasmado e receptivo comigo. O Brasil se tornou um dos países que fico ansioso por tocar e tenho feito muitos shows. Acho isso legal porque era um lugar que sempre quis tocar e nunca tive a oportunidade até 2009. Espero continuar tocando aí por muito tempo", disse. 

A empolgação de Lanegan pela música nova, tanto suas criações quanto de outros grupos, só esbarra quando ele é perguntado sobre alguma banda nova que descobriu.

"Sempre que me perguntam isso eu gostaria muito que eu não estivesse com o telefone no ouvido para poder ver na tela e recomendar alguma banda que baixei (risos)".

Mark Lanegan no Brasil

Onde

-  Cine Joia - Praça Carlos Gomes, 82 - São Paulo/SP

Quando - 30 de maio (sábado) às 23h (abertura às 21h)

Classificação etária - 16 anos

Preço - R$ 160 (meia R$ 80)

Fonte: Terra
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