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Matuê faz a maior turnê da carreira com 333: 'Experiência visual e sonora'

O rapper lançou o álbum de surpresa em setembro de 2024 e falou à Rolling Stone Brasil sobre o processo de gravação híbrido e a turnê

28 jan 2025 - 19h16
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Foto: Matuê ( JP Maia) / Rolling Stone Brasil

Acostumado a fazer tudo em grande estilo, Matuê lançou 333 (2024), o segundo álbum da carreira de surpresa em setembro do ano passado. O sucessor de Máquina do Tempo (2020) é um fenômeno, emplacou 11 das 12 faixas no Top 50 das mais tocadas no Spotify Brasil — duas delas dentre as cinco primeiras posições.

A primeira performance do álbum também aconteceu com toda a pompa que merecia, no Rock in Rio. Em conversa com a Rolling Stone Brasil, Matuê conta que foi um desafio: "A maior prova de resistência da minha vida." Ele explica que várias partes precisavam ser finalizadas para que o projeto fosse entregue antes do festival.

Foto: Rolling Stone Brasil

"Tentaram me convencer a não lançar várias vezes," relembra o artista. "Mas eu falei 'pô, não quero perder esse timing do Rock in Rio, a minha intuição tá me falando para lançar nesse dia, dessa maneira'." As semanas sem dormir compensaram, a apresentação foi bem elogiada.

O rapper conta que se envolve em todas as etapas do trabalho, da composição à mixagem, passando pela produção. "Fora toda a parte de marketing e conceitual," conta o artista, que também roteiriza e dirige alguns clipes, como é o caso de "Crack com Mussilon."

Para a turnê de 333, a intenção do rapper é entreter seu público do começo ao fim, sem que o ritmo caia ao longo do percurso. Para isso o artista investiu não só na cenografia, mas nas transições entre as músicas. Ele conta também que diminuiu bastante o uso de autotune para entregar vocais. Outro ponto alto — e a grande novidade — é a banda.

É assim que estamos tocando agora. Ao invés de ser só dj trouxemos a banda, os sintetizadores, os teclados, as guitarras e todos os elementos que a gente inseriu no disco, já que ele tem muita coisa de instrumentos.

Gravação híbrida

Matuê deu um passo em direção ao futuro agarrado em técnicas tradicionais e gravou 333 de mesclando técnicas de gravação analógica e digital. Para ele, a ideia era fazer uma ponte entre as duas maneiras de fazer música.

"A primeira coisa que eu fiz foi investir em novos equipamentos," explica. "Quando eu consegui entregar o que eu queria fazer com o som do disco, comecei a comprar muita coisa." Ele conta que adquiriu sintetizadores, guitarras, compressores e diversos equipamentos que ele precisava para modificar o estúdio.

Foto: Rolling Stone Brasil

A ideia dele é trazer a instrumentação orgânica com uma roupagem moderna. É onde as máquinas entram. O rapper entende que esse deve ser o caminho de mais artistas no futuro "sem perder a essência."

Só por essa mistura o álbum poderia ser classificado como mais experimental que o primeiro — ou outros trabalhos de Matuê — mas o artista não vê dessa maneira, apesar de entender que a muitas não esperariam que ele fizesse músicas como as que o disco traz. Para os fãs mais próximos, que conhecem o gosto dele, a surpresa pode ter sido menor, reflete.

O rapper conta que foi buscar as inspirações, em primeiro lugar, na família. "Acho que a minha maior inspiração é a minha avó. Foi a pessoa que me ensinou a base, o fundamento da música através da brincadeira e da diversão."

os pais também tiveram um papel fundamental na construção do gosto musical do artista, especialmente no que diz respeito a música brasileira. Não à toa Matuê sampleou o clássico absoluto "Oceano", de Djavan no disco. 

O reggae também influencia muito a musicalidade do trapper, que coleciona discos do gênero, sendo roots, revival ou clássicos como Bob Marley. IDM também é um dos gêneros que ele curte e cita Daft Punk como uma de suas influências.

Foto: Fredinho / Rolling Stone Brasil

O rock também o acompanha desde a adolescência, quando ouvia bandas como Bad Religion e "tudo que passava na MTV." Hoje em dia ele ouve bandas como The Strokes, Tame Impala, Bon Iver e MGMT. Matuê ainda cita Frank Ocean, Thundercat e Childish Gambino como artistas que integram sua discoteca.

No rap é mais fácil falar alguém que eu não conheça. Tudo das antigas até a atualidade, todos os subgêneros e sets possíveis que você pode imaginar, eu acompanho.

Criativamente, a islandesa Björk também é uma influência para o rapper. "Eu gosto de como ela transforma os visuais em uma coisa de experiência, mais do que só a música. E acho ela bem icônica também, as entrevistas, a história dela. O jeito de ser, ela é bem reclusa, eu me identifico com isso. Me considero um cara estranho que não lida bem com pessoas, então eu admiro quem se sente bem nesse formato também," diz o artista aos risos.

Vencendo os bloqueios

333 foi concebido após um período de bloqueio criativo. Mas esse não é um cenário novo para Matuê. "A sensação que eu tenho quando decido voltar a fazer música é que eu não sei mais fazer música," diz. Se num primeiro momento nada que escreve o agrada, ele entende que isso também está atrelado a outros aspectos a vida, como homem de negócios, e empresário na 30PRAUM.

"Eu acabei deixando a parte musical de lado durante esses períodos e hoje enxergo isso de uma forma totalmente diferente, não me permito mais ter esses tempos longe da música," explica o rapper que entende o processo de fazer música como um hábito e, portanto, busca fazer todo dia.

A turnê

Tendo passado por Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo, a turnê ainda percorre as cidades de Manaus, Recife, Fortaleza e Lisboa. Para aqueles que ainda não viram Matuê no palco, é importante ressaltar que o show é uma das maiores forças do artista.

Para a série de apresentações de 333 ele promete uma surpresa muito grande e uma entrega superior a de outros shows que já fez. "Uma experiência visual e sonora. Quero poder me conectar com o público de uma forma que nunca aconteceu," finaliza.

Foto: JP Maia / Rolling Stone Brasil

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