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Milton Nascimento: três álbuns do cantor são reeditados pela Sony Music

12 nov 2021 - 18h39
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Uma das grandes vozes da música popular brasileira, o cantor e compositor Milton Nascimento acaba de completar 79 anos e o marketing estratégico da Sony Music Entertainment, dando continuidade ao trabalho de digitalização do catálgo do artista, está reeditando os álbuns RPM e Milton Nascimento (1987), Yauaretê (1987) e Miltons (1988), através de seus tapes analógicos e projetos gráficos originais.

Foto: João Couto / The Music Journal

Os três álbuns chegam ás plataformas digitais pela primeira vez nesta sexta-feira (12) e, segundo a gravadora, toda a discografia de Milton Nascimento passará por um processo de otimização no YouTube, a partir deste mês, para disponibilizar todas essas músicas para os usuários da plataforma.

Produzido por Márcio Ferreira, então empresário do artista, Miltons (1988) era mais informal e menos grandiloquente que seus álbuns mais recentes até então, tendo na banda de base, entre outros, dois velhos amigos, o tecladista Herbie Hancock e o percussionista Naná Vasconcelos (além de Robertinho Silva em duas faixas). Composto basicamente de regravações, trazia apenas duas inéditas, River Phoenix - carta a um jovem ator, escrita - letra e música - por Bituca para homenagear o ídolo, após ficar encantado por sua atuação no filme Conta comigo - e Sêmen, em parceria com o saudoso Fernando Brant. As demais faixas eram regravações de obras já consagradas.

Foto: Divulgação | Sony Music / The Music Journal

Uma pelo 14 Bis (Bola de meia, bola de gude, originalmente composta para o espetáculo O último trem, do Grupo Corpo, que ganhou letra de Brant a pedido do grupo, que a estourou em seu segundo álbum, de 1980), duas por Nana Caymmi (Fruta boa, outra da dupla Milton e Brant, e Sem fim, do baixista Novelli com o poeta Cacaso) e outra por César Camargo Mariano (que havia registrado sua parceria com Bituca Don Quixote em seu álbum do ano anterior, Ponte das estrelas).

Milton também gravou uma adaptação livre para o standard latino La Bamba, que ganharia letra de seu próprio punho somente quinze anos depois, a fim de presentear sua afilhada Maria Rita (rebatizada de A festa, tornou-se o primeiro sucesso da cantora). Também releu uma canção que se tornou clássica em sua própria interpretação, San

Vicente, que lhe abriu as portas para o intercâmbio com artistas da América Latina em 1972 quando a registrou no clássico álbum Clube da Esquina, transformando sua casa numa república livre para artistas das Américas de passagem pelo país.

Foto: Sony Music / The Music Journal

Finalmente, Feito nós, recente parceria gravada em dueto no ano anterior com o roqueiro Paulo Ricardo, então integrante do RPM, neste álbum ganhava novo arranjo.

A propósito, em 1987 o RPM era o grupo mais popular do país, alcançando a cifra inédita de 2,5 milhões de cópias do álbum Rádio Pirata Ao Vivo, lançado pela então CBS, hoje Sony Music. Daí que o disco mix (no formato de um LP, mas com duas faixas) RPM e Milton Nascimento foi um lançamento bastante festejado à época.

Produzido e mixado pelo expert Mazzola, trazia a referida faixa de trabalho Feito nós com música de Milton e letra de Paulo Ricardo, numa pegada mais roqueira e Homo Sapiens, com música de Paulo e letra de Milton.

Confira o inicio das reedições com o álbum Miltons:

The Music Journal The Music Journal Brazil
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