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Morre Harry Belafonte, cantor e ativista dos direitos civis, aos 96 anos

25 abr 2023 - 19h30
(atualizado às 19h54)
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O lendário cantor e ativista norte-americano Harry Belafonte, morreu nesta terça-feira (25) em Manhattan, Nova York (EUA), aos 96 anos, vítima de uma insuficiência cardíaca em sua casa. As informações foram dadas pelo representante do artista.

Belafonte nasceu no Harlem em 1º de março de 1927. Filho de pai francês, original da Martinica e mãe jamaicana, ele passou grande parte de sua infância na Jamaica, antes de voltar a residir em Nova York.

Foto: Divulgação / The Music Journal

Essa mescla de culturas influenciou de imediato sua música e o fez se tornar pioneiro nas lutas dos direitos civis nos EUA.

Um dos pontos altos de sua carreira na música, foi o sucesso do álbum Calypso, o terceiro de sua discografia, que se tornou o primeiro trabalho na indústria norte-americana a vender mais de 1 milhão de cópias e conquistar o primeiro disco de ouro no país.

É neste disco que se encontra o clássico Day-O (The Banana Boat Song), inspirada em uma melodia popular da Jamaica. Ainda que a canção fosse dançante, seu teor era voltado para a rebelião dos trabalhadores que desejavam justiça aos salários pagos na época.

Em 1954, Harry Belafonte conquistou o icônico prêmio Tony, por seu papel em Almanaque do John Murray Anderson, que ficou em cartaz na Broadway, se tornando a primeira pessoa negra a ser laureada com tal honraria.

Mas foi na década de 1960 que Belafonte mergulhou no ativismo social, desenvolvendo um papel pioneiro na igualdade social ao lado de Martin Luther King.

"Quando as pessoas pensam em ativismo, sempre pensam que há algum sacrifício envolvido, mas sempre considerei isso um privilégio e uma oportunidade", disse Belafonte durante um discurso na Universidade Emory, em 2004.

Um dos momentos em que Belafonte discutiu a opressão dos negros sul-africanos foi no álbum Paradise In Gazankulu, de 1988.

Harry Belafonte participou da histórica reunião do supergrupo USA for Africa em 1985, nos estúdios da A&M Records em Los Angeles, quando foi gravado o clássico We Are The World, liderado pelo lendário produtor Quincy Jones.

Na época, a arrecadação com os direitos autorais do single resultou em US$ 1,9 bilhão, que foram direcionadas para as vítimas da fome no continente africano.

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