O tamanho e a importância do Linkin Park, explicados por Courtney LaPlante (Spiritbox)
Mesmo com números que atestam relevância, banda parece nunca ter recebido o reconhecimento devido por suas conquistas ao longo dos anos
"E quando vocês descobrirem que Linkin Park na era de ouro era visto como um NX Zero por metaleiros?", cravou uma internauta, em recente publicação viralizada no X/Twitter, após outra fã mostrar-se indignada com a existência de haters do grupo. Sim, eles existem — e tanto isso quanto o fim abrupto da banda em 2017, após a trágica morte do vocalista Chester Bennington, fazem muita gente não notar a relevância do trabalho dos americanos em seu auge.
Se números como as mais de 30 milhões de cópias vendidas do álbum Hybrid Theory (2000) e as outras mais de 15 milhões de Meteora (2003) não são o suficiente, as reflexões de Courtney LaPlante servem como complemento para se ter tal dimensão.
O assunto surgiu, em entrevista ao programa The Allison Hagendorf Show (via Metal Hammer), porque o grupo canadense Spiritbox, do qual a cantora faz parte, irá excursionar em 2025 com a nova encarnação da banda americana, agora com Emily Armstrong no vocal e Colin Brittain na bateria. LaPlante destacou como os colegas de profissão ajudaram a definir o som do "metal mainstream" no século 21.
"O fato de as pessoas estarem recebendo essa banda de volta com os braços abertos abriu os meus olhos. Eu pensei que entendia o quão grande essa banda era, mas não entendia. O impacto gigante e enorme na Terra que essa banda [teve]. Eu pensei que já tinha grandes e elevadas ideias, mas acontece que eu não conseguia nem imaginar."
Um dos dois shows que o Spiritbox fará com o Linkin Park em 2025 será no estádio de Wembley, em Londres, na Inglaterra — um dos maiores locais no mundo onde um artista pode se apresentar. Courtney aponta:
"Se você me perguntasse se eu algum dia tocaria no estádio de Wembley, eu diria: 'claro, talvez se eu estivesse abrindo para um artista de hip-hop ou o Foo Fighters ou algo assim'. Mas eu não imaginava que conseguiria fazer isso com uma banda que também toca metal e criou uma espécie de gênero de metal."
A nova fase do Linkin Park
Além de ter realizado uma curta série de shows em 2024 — dois deles com ingressos esgotados em São Paulo, no último mês de novembro —, o Linkin Park lançou um novo álbum com Emily Armstrong e Colin Brittain. From Zero chegou também no mês passado e obteve ótima repercussão.
O disco atingiu a primeira posição nas paradas de 15 países, incluindo Reino Unido, Alemanha, Austrália, França e Portugal. Houve apenas uma "pedra no sapato" no mercado fonográfico mais importante do mundo, os Estados Unidos, onde ficaram em 2º lugar — o EP Golden Hour: Part.2, do grupo de k-pop Ateez, conquistou o reconhecimento mais alto.
Mesmo não obtendo o primeiro lugar nos Estados Unidos, From Zero foi o álbum de rock que atingiu a posição mais alta nas paradas gerais nacionais em 2024. A última vez que um disco do estilo abocanhou o topo do ranking se deu em novembro do ano passado, com One More Time…, do Blink-182.
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