Planeta Terra: O Terno promete músicas inéditas no festival
Trio paulista é atração do festival que acontece no dia 9 de novembro no Campo de Marte, em São Paulo
A idade deles está estampada em seus rostos. Tim, Guilherme e Victor – todos entre 22 e 23 anos – formam o trio O Terno, uma das atrações do Planeta Terra Festival 2013, que acontece no dia 9 de novembro no Campo de Marte, em São Paulo. Com um disco na bagagem e outro no forno, o grupo ganhou atenção na internet com o clipe 66 (assista aqui) e sua sonoridade cheia de influências, mas que tem como base primordial o rock ‘n roll em sua forma mais crua, com os olhos lá na década de 60.
“A gente alterna entre caber em todos os estilos e não caber em nenhum também”, disse o vocalista Tim em entrevista ao Terra. Seu disco de estreia, 66, marca bem essa junção de estilos. A internet teve papel decisivo para que a banda se consolidasse no meio independente. “A gente lançou o clipe em maio do ano passado e o disco em junho. A partir daí começou a viralizar e os shows começaram a encher de pessoas que a gente não conhecia. Através da internet a divulgação foi bem mais eficaz dos que as outras mídias”, completou.
Confira a entrevista:
Terra - Como receberam a notícia de que tocariam no Planeta Terra?
Tim - A gente ficou sabendo no primeiro semestre e ficamos bem empolgados. A gente não podia divulgar ainda e ficamos segurando o segredo. Dos festivais que têm aqui, acho que é o mais caprichado de galera que vai tocar. Um dia só e é uma curadoria caprichada.
Terra - Vocês possuem uma sonoridade que passeia entre influêcias e se dá bem com vários estilos. Concorda?
Tim - A gente tem um pouco disso. A gente alterna entre caber em todos os estilos e não caber em nenhum também. Gostamos de muitos tipos de música e por ser paulista, tem muita influência. Ouvindo um disco do Mutantes você vê como cada música é de um jeito. Ou o Álbum Branco do Beatles. Dá para atacar em vários estilos, mas no fim das contas acaba sendo um estilo próprio da banda. Uma coisa que estamos buscando. Tentamos sempre misturar.
Terra - E sobre o festival. Já conversaram sobre o que vão tocar?
Tim -
O setlist que costumamos fazer é um pouco mais longo. O show do Terra não será de 1h30. Estamos escolhendo a dedo as que a gente gosta mais, algumas novas, coisas do 66. Também estamos preparando algumas inéditas que estarão no segundo disco e a gente nunca tocou ao vivo. Vamos aproveitar a ocasião do festival para estreá-las lá. Vamos seguir a onda como a gente toca em uma casa pequena rock n’ roll só que passando nossa energia bacana em um “palcão”.Terra - Como foi para a banda após o lançamento do disco 66 e a repercussão que ele teve?
Tim - Foi um super trabalho para uma banda independente. A gente começou a gravar o disco quando eu tinha 17 anos. Lançamos depois de três anos mexendo nele. Desde que lançamos tem sido muito legal a recepção. A gente conseguiu sair da bolha paulista e tocar em várias cidades do Brasil que nunca imaginávamos. Era um disco que a gente já tocava até ver ele pronto. O repertório já está uma coisa mais mista, partindo do 66, mas já indo para outros caminhos.
Terra - Já há planos de entrar em estúdio para gravar?
Tim -
Vamos gravar o segundo disco em dezembro e janeiro. Ele será inteiro de inéditas e todas as músicas autorais. Nas próximas semanas sai um single.Terra - Vocês gostam muito de fazer clipes, curtas e trabalhar com vídeo. Como é lidar com esse tipo de mídia?
Tim -
Acho que acabou dando uma virada com o YouTube. Nos demos bem com esse lance de clipe porque achamos a Alaska Filmes, que são de dois amigos nossos, que produziram 66, alguns teasers e clipes que a gente fez. O resultado ficou legal e esteticamente combinou com a ideia da banda. Se fosse dez anos atrás, seria mais difícil fazer um clipe e ter que veicular na TV só. Colocar no YouTube foi uma coisa tipo: uma banda que ninguém conhecia com 5 mil views. Com a internet é mais fácil chegar nas pessoas do que com a TV. E no fim das contas acabou indo pra MTV e Multishow. A internet espalha de um jeito muito rápido e sem barreira nenhuma.Terra - Como definiria o papel da internet na carreira de vocês?
Tim -
Foi decisivo. A gente lançou o clipe em maio do ano passado e o disco em junho. A partir daí começou a viralizar e os shows começaram a encher de pessoas que a gente não conhecia. Através da internet a divulgação foi bem mais eficaz dos que as outras mídias. É impressionante. Se o pessoal gosta, vai espalhando.Terra - O que quer assistir no festival?
Tim -
Gosto muito do Blur e Beck. The Roots estou muito curioso para ver ao vivo.