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Por que Jerry Cantrell (Alice in Chains) fala tanto sobre morte nas músicas

Temática fúnebre é recorrente tanto nas composições para a icônica banda grunge quanto para carreira solo do guitarrista

2 dez 2024 - 12h38
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Foto: Jerry Cantrell, guitarrista do Alice in Chains ( Scott Legato/Getty Images) / Rolling Stone Brasil

A melancolia é uma marca do repertório do Alice in Chains, independentemente de sua fase. Seja no período clássico, com o saudoso Layne Staley no vocal, ou nas últimas duas décadas, com William DuVall no posto, a banda explora temáticas obscuras, não raramente discutindo a morte.

O guitarrista e covocalista Jerry Cantrell, principal compositor do grupo, explicou em entrevista ao Pogopedia (via Blabbermouth) a razão pela qual suas composições são tão fúnebres. Tal elemento marca presença também em suas obras solo, como a recente "It Comes", do álbum I Want Blood (2024). E até ao escolher um cover, o assunto se repetiu: ele regravou "Goodbye", de Elton John, em 2021

Em sua reflexão sobre a recorrência do tema, Cantrell demonstrou tratar a morte com naturalidade. Ele disse:

"É apenas uma parte da vida. É uma coisa muito humana. A vida não é permanente, e por isso é um assunto ao qual retorno. A vida acaba para todos nós. Então, essas são apenas as partes naturais da existência, eu acho."

O músico destacou, ainda, que é importante ser capaz de aproveitar o tempo que se tem de vida. Para ele, deve-se fazer "o máximo que puder com esse tempo".

"Ao longo do caminho, as pessoas irão embora. E você também irá. Realmente não gasto muito tempo pensando morbidamente sobre isso, mas é um assunto difícil e real. E eu gosto de tocar em coisas que talvez sejam difíceis de colocar em palavras, eu acho."
Jerry Cantrell
Jerry Cantrell
Foto: Darren Craig / Rolling Stone Brasil

Mortes no Alice in Chains

Ao longo de sua trajetória, o Alice in Chains teve apenas seis integrantes. Dois deles já faleceram, pela mesma razão: overdose.

O vocalista Layne Staley nos deixou em 5 de abril de 2002, aos 34 anos, em decorrência de uma dose fatal de speedball (combinação de cocaína e heroína).

Por sua vez, o baixista Mike Starr morreu em 8 de março de 2011, aos 44 anos, devido a uma ingestão excessiva e combinada de medicamentos prescritos: o analgésico opioide metadona e antidepressivos. Ele já não fazia parte do grupo desde 1993, quando foi substituído por Mike Inez.

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