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"Preciso sair deste inferno": Harvey Weinstein tenta antecipar julgamento por abuso sexual

Análise do caso está marcada para 15 de abril, mas ex-produtor de cinema alega problemas de saúde e solicita que audiência aconteça antes da data

29 jan 2025 - 16h17
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Foto: Harvey Weinstein ( Kena Betancur-Pool/Getty Images) / Rolling Stone Brasil

Artigo publicado em 29 de janeiro de 2025 na Rolling Stone. Para ler o original em inglês, .

O ex-produtor de cinema Harvey Weinstein tenta antecipar o novo julgamento por agressão sexual. Para isso, ele cita os problemas de saúde e as condições "infernais" da prisão.

Weinstein, que foi recentemente diagnosticado com câncer de medula óssea, será julgado em Nova York a partir de 15 de abril, apesar das tentativas de iniciar o processo ainda mais cedo: "Não estarei lá em abril".

Estou em uma situação de emergência séria, estou implorando para que você mude sua data. Preciso sair desse inferno o mais rápido possível", Weinstein disse ao juiz que supervisionava o caso.

Ele continuou (via NBC News): "Há tantas pessoas sofrendo em Rikers Island. Muitas das pessoas com quem estou na prisão estão passando por problemas semelhantes. Elas não têm o mesmo porta-voz que eu tenho. Isso continua sendo uma mancha nesta cidade." 

O juiz Curtis Farber disse que poderia antecipar o julgamento de Weinstein uma semana — possivelmente 7 de abril — se ambas as partes concordassem com a mudança. Farber também decidiu contra a tentativa de Weinstein de rejeitar uma nova acusação recente; em setembro, ele foi novamente acusado de agredir sexualmente uma mulher em um quarto de hotel em Manhattan em 2006. Ele se declarou inocente.

Após a audiência, um porta-voz de Weinstein disse que aprecia a consideração cuidadosa do juiz e que continua confiante em um julgamento rápido e eficiente. "Acreditamos firmemente que Harvey será totalmente inocentado."

O novo julgamento de Weinstein em Nova York  ocorre depois que sua  condenação de 2020 foi anulada  em abril de 2024, após um tribunal de apelações decidir que o juiz que supervisionou o primeiro julgamento não deveria ter permitido depoimentos de acusadoras que não faziam parte das denúncias contra ele.

+++LEIA MAIS: Tribunal de Nova York anula condenação de estupro de Harvey Weinstein

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