Precursor do urban jazz, Jonathan Ferr lança o álbum "Cura"
O pianista carioca Jonathan Ferr, precursor do urban jazz, lançou na última semana o seu novo álbum Cura, que apresenta uma personificação da quebra de paradigmas: estética, essencial e musical. O disco já está em todas as plataformas digitais pela Som Livre, via Slap.
Cura chega ainda com uma websérie no YouTube envelopada em estética afrofuturista, outra marcante assinatura do multifacetado artista, que também está sempre à frente da direção das suas produções audiovisuais - e nas quais eventualmente atua.
Composta por oito music visualizers - um para cada faixa inédita e com o número 8 representando o infinito, simbolizando a cura infinita de cada um -, a série estreou nesta terça-feira (1) e retrata o encontro de um casal que se apaixona e vive um drama da vida cotidiana, em um processo contínuo de busca pela referida cura do título do disco.
Com nove faixas no total, o álbum alcança o feito de simultaneamente ser uma obra essencialmente pessoal do artista, enquanto transmite uma mensagem universal a quem escuta. A universalidade, aliás - para além da experiência sensorial intensificada pelo caráter instrumental do projeto - fica evidente também no título das canções, apresentando elementos comuns à trajetória humana: Nascimento, Choro, Sensível, Chuva, Amor, Felicidade, Caminho e Esperança - sendo essa última o único single já lançado, com a participação de Serjão Loroza.
A única faixa que foge a essa regra, e não à toa, é Sino da Igrejinha, canção de domínio público e familiar aos cultos de matrizes africanas, ela foi a escolhida para ser a primeira da tracklist.
"Dentro dos terreiros, essa é uma música cantada para a entidade responsável por abrir os caminhos para todas as coisas", explica Ferr, evidenciando mais uma faceta de sua personalidade plural.
Cura ainda conta com as participações especiais do violoncelista Jaques Morelenbaum, a filósofa Viviane Mosé e o cantor Serjão Loroza.
Ouça o álbum: