Programação do Theatro São Pedro para 2022 tem destaque para versão operística de 'West Side Story'
Os amores impossíveis, o classicismo e o barroco são temas centrais dos concertos programados para o próximo ano
O Theatro São Pedro vai apresentar ao longo do ano de 2022 onze óperas, divididas em nove espetáculos. Entre os títulos estão West Side Story, de Bernstein, O Canto do Cisne, de Leonardo Martinelli, e a Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill e Bertolt Brecht.
Segundo Paulo Zuben, diretor artístico e pedagógico da Santa Marcelina Cultura, gestora do teatro, a programação segue dois eixos. No primeiro, os títulos se organizam em torno do tema dos amores impossíveis. No segundo, um olhar para títulos do barroco e do classicismo, assim como à criação contemporânea.
Obras
No primeiro grupo, estarão produções, além da obra de Bernstein (com 25 récitas em julho e agosto e direção de Claudio Botelho e Cláudio Cruz), Os Capuletos e Montéquios, de Bellini (com regência de Alessandro Sangiorgi e direção de Antonio Araújo, em abril), e Ariadne auf Naxos, de Strauss (em novembro, com a dupla Felix Krieger e Pablo Maritano).
O investimento na criação contemporânea aparece em títulos como O Canto de Cisne, no qual Martinelli trabalha a partir de libreto de Lívia Sabag inspirado em texto de Chekhov; outra obra inspirada no autor russo, Palestra sobre Pássaros Aquáticos, de Dominick Argento, completa o programa, que será atração de agosto.
Também será apresentado o espetáculo que vai resultar do Atelier de Criação de óperas criado em outubro deste ano pelo teatro, que reuniu três jovens compositores e três jovens libretistas.
A temporada inclui ainda uma dobradinha com as óperas La Serva Padrona e Livietta e Tracollo, de Pergolesi (março); a Ópera dos Três Vinténs, de Weill, com Ira Levin e Alexandre Dal Farra (dupla que criou a montagem de Os Sete Pecados Capitais, dos mesmos autores, na temporada 2021); e a produção, por parte dos alunos da Academia de Ópera do Theatro São Pedro, de Viva la Mamma, de Donizetti, e El Barberillo de Lavapiés, de Francisco Barbieri (em junho e outubro, respectivamente).
Semana de Arte Moderna
A agenda é composta também por concertos e recitais dedicados a relembrar o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência do Brasil. E dois espetáculos em parceria com a São Paulo Companhia de Dança, dirigida por Inês Bogéa.