Ralf pausa carreira dois meses após perda do irmão, Chrystian
O cantor sertanejo afirmou que "não conseguia mais cantar" nos shows recentes
Ralf anunciou que fará uma pausa na carreira após dois meses da perda do irmão, Chrystian, que morreu de choque séptico em decorrência de pneumonia agravada por comorbidades. O cantor sertanejo contou que foi criticado por seguir os compromissos profissionais.
"Depois da morte de Chrystian, segui para fazer shows nos Estados Unidos e outros no Brasil. Foi ficando difícil e pedi um tempo. Estava muito mal. Não conseguia mais cantar. Não conseguia cantar 'Amaremos'. Estava muito pesado para mim", desabafou Ralf, no podcast de André Piunti.
O cantor explicou que tentou levar o nome da dupla para suas apresentações, porém as críticas tiveram um peso considerável em sua decisão: "Estou no pior momento da minha vida. Procuro me isentar nas críticas e ter meu sentimento. As pessoas acham que o luto está na roupa que você veste. O luto é o que você sente por dentro. Elas não podem analisar seu sentimento. Ele não é seu, é meu".
Ralf ainda esclareceu que não era tão distante de Chrystian, como ele havia dito à imprensa anteriormente. "Eu sou disléxico e no velório eu disse que a gente estava há quatro anos sem se falar. Fui corrigido depois pelo meu escritório. A gente se falou na pandemia inteira", corrigiu ele.
Morte de Chrystian
O cantor Chrystian morreu aos 67 anos no último dia 19 de junho, em São Paulo. Ele teve parada cardíaca e chegou a ser transportado pelo helicóptero da Polícia Militar até o Hospital Samaritano, mas acabou não resistindo.
O artista sofria de rim policístico, um distúrbio hereditário que faz grupos de cistos se desenvolverem no órgão, e se preparava para um transplante de rim, que seria doado por sua esposa, Key Vieira. A cirurgia estava marcada para março, mas foi adiada para o final do ano devido a problemas de saúde do cantor.
Durante os exames pré-operatórios, Chrystian precisou ser submetido a um cateterismo, o que exigiu o uso de medicação anticoagulante por seis meses, impossibilitando a realização da cirurgia de transplante durante este período.