Ringo Starr: a vida e a obra de um gênio da bateria
Descubra, neste artigo, quem, de fato, é Ringo Starr e porque o baterista dos Beatles é considerado um dos principais nomes do seu instrumento. Você provavelmente nunca ouviu falar de Richard Starkey. Mas, com certeza, sabe quem é Ringo Starr, baterista dos Beatles e uma das referências em sua profissão. Hoje vamos homenageá-lo aqui com […] The post Ringo Starr: a vida e a obra de um gênio da bateria appeared first on Cifra Club.
Descubra, neste artigo, quem, de fato, é Ringo Starr e porque o baterista dos Beatles é considerado um dos principais nomes do seu instrumento.
Você provavelmente nunca ouviu falar de Richard Starkey. Mas, com certeza, sabe quem é Ringo Starr, baterista dos Beatles e uma das referências em sua profissão. Hoje vamos homenageá-lo aqui com uma breve biografia e uma lista com as 5 melhores linhas de bateria que ele criou!
Nascido em Liverpool, como os outros integrantes da sua banda de maior sucesso, Ringo sofreu com algumas doenças que chegaram a colocar sua vida em risco quando criança. Antes de trabalhar com música, o baterista chegou a ser aprendiz de mecânico. Montou seu primeiro grupo em 1957 e, desde então, não parou mais de tocar.
Dono de uma técnica invejável
Você já deve ter ouvido alguém falando que o Ringo Starr é um baterista mediano, que nunca fez nada de extraordinário. Na realidade, como o próprio John Lennon disse em entrevistas, ele já era uma estrela da cena musical inglesa antes mesmo dos Beatles pensarem no sucesso.
Além disso, ele conta com a aprovação de músicos do calibre de Ginger Baker (Cream), Keith Moon (The Who) e John Bonham (Led Zeppelin). Entre suas principais características técnicas está o deslocamento das batidas na caixa.
Nas músicas com compasso 4 por quatro, a caixa sempre entrava nos tempos 2 e 4. Ringo adiantou essa batida em meio tempo. Isso fez toda a diferença para acompanhar as melodias complexas que seus colegas de banca estavam compondo.
Quem Ringo Starr substituiu nos Beatles?
Diferentemente do que a maioria das pessoas acredita, Ringo não fazia parte dos Beatles desde o início do grupo. A banda foi formada em 1960, e Starr só entrou em 1962, substituindo Pete Best nas baquetas. Este, por sua vez, foi incorporado à banda no ano de sua criação por ser o único baterista de Liverpool disponível para a viajar e tocar em Hamburgo, na Alemanha.
Isso porque John, Paul e George foram convidados para uma série de shows na cidade alemã. Como não haviam passado nos exames finais da escola, acharam que viver de música em outro país poderia ser mais interessante.
Best poderia ter ido para a faculdade se quisesse, mas preferiu acompanhar o grupo inglês. Ele permaneceu na banda até o início das gravações do primeiro álbum, quando foi rejeitado pelos produtores.
Há muita controvérsia sobre as razões da saída do primeiro baterista. Mas a versão oficial é que o produtor musical George Martin não tinha gostado do timing do músico. O fato é que ele foi dispensado e chamaram Ringo, que já era conhecido do trio, para as gravações.
Como, de fato, um beatle, Ringo Starr fez o seu nome alcançar patamar mundial. Claro, permaneceu até o final da banda, mas não parou de se destacar no mundo da música após a separação do quarteto.
Ringo Starr em carreira solo
Quando os Beatles terminaram, em abril de 1970, cada um de seus integrantes resolveu gravar seus próprios discos. Ringo já tinha experiência nos vocais do quarteto, como nas músicas With a Little Help from My Friends e Octopus's Garden. Então, não foi difícil juntar suas composições e entrar em estúdio.
Ao todo, são 20 álbuns em carreira solo. Caso nunca tenha dado uma chance ao mestre sem ser como integrante dos Beatles, recomendamos fortemente que comece por Ringo, disco de 1973. Ouça com bastante carinho as faixas Photograph e It Don't Come Easy. Certeza que vai curtir a qualidade dos sons!
As melhores linhas de bateria de Ringo Starr
Finalmente chegou a hora de conhecer nossa seleção de melhores linhas de bateria desse músico incrível que é Ringo Starr. Para mostrar que ele sempre mandou muito bem no instrumento, separamos alguns sons do início, meio e fim dos Beatles. Bora ver!
1. She Loves You
Logo no primeiro disco dos Beatles é possível perceber como Ringo estava preparado para assumir as baquetas da banda. Durante o segundo inicial de She Loves You, a única coisa que se ouve é a bateria soando como trovões, em uma virada marcante nos tambores.
Conforme a canção vai avançando, podemos conferir outras viradas criativas que, até hoje, tem músico que sofre para tocar igual. Uma curiosidade é que Ringo Starr, apesar de ser canhoto, toca bateria como destro.
2. In My Life
Faixa do disco Rubber Soul, In My Life ganhou uma atenção especial de Starr. Essa afirmação é possível porque, além da letra de cunho pessoal de Lennon, o grande destaque da canção é a sustentação rítmica suave feita na bateria.
Repare que em nenhum momento ele toca nos tons. Todo o clima da canção é dado por chimbal, caixa e bumbo. Além disso, há um pandeiro que complementa perfeitamente a música. Uma verdadeira obra prima.
3. A Day in The Life
Agora, temos a faixa que encerra o mais icônico disco da banda, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Colocar uma bateria que conseguisse linkar as diferentes partes de A Day in The Life seria um desafio para qualquer um. Porém, Ringo encarou essa batalha e saiu vitorioso.
No começo da música, no lugar de uma batida reta, o músico opta por rajadas de tom muito bem colocadas e espaçadas, como faria um compositor de música clássica. Quando o clássico despertador toca, ele entra com um ritmo marcado e depois volta para a lisergia de Lennon.
É dessa forma que o baterista consegue ser ao mesmo tempo um cronômetro para os músicos e um artista virtuoso, capaz de surpreender.
4. Come Together
Embora seja considerada minimalista, a linha de bateria de Come Together é provavelmente uma das mais conhecidas do mundo. Quando alguém começar a tocá-la, você vai saber do que se trata. Se outro músico tivesse usado os tons como Ringo fez, provavelmente soaria duro e vulgar.
Isso porque a forma como o baterista abre a canção é única. Em seguida, quando o vocal entra, a batida fica com um ar, ao mesmo tempo, groovado e ameaçador. Uma performance magistral, onde o baterista consegue estabelecer as relações entre as partes da música como poucos conseguiriam.
5. The End
No final dos anos 1960, houve uma enxurrada de solos de bateria gigantescos. Ringo, por sua vez, preferia a discrição. Por isso, muitas vezes foi acusado de não executar os solos por não saber fazê-lo.
Fato é que em The End ele mostra que era capaz, sim! Ele começa o solo com o bumbo e, em seguida, preenche o espaço com tons alterados da esquerda para a direita e depois da direita para a esquerda. Parece pouco, afinal não dura mais do que 20 segundos, mas o efeito é surpreendente.
De brinde, ao fim do solo de bateria temos os outros três Beatles solando na guitarra. Vale conferir!
Neste artigo, você ficou por dentro da história de Ringo Starr, sua importância para a música e quais os grandes destaques de sua carreira como baterista. Agora, compartilhe o material nas suas redes e com seus amigos, para que mais gente saiba sobre a vida desse verdadeiro gênio!
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