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‘Volto ao Rock in Rio com nenhum vitimismo’, diz Carlinhos Brown, ao relembrar vaia de 2001

Carlinhos participa de show especial do festival com Baianasystem, Daniela Mercury, Ney Matogrosso, Gaby Amarantos, Majur e Zeca Baleiro

21 set 2024 - 20h36
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Foto: Catarina Carvalho/Terra

Carlinhos Brown volta aos palcos do Rock in Rio para um show especial, em celebração à brasilidade. Neste sábado, 21, ele se apresenta no ‘Para Sempre MPB’ ao lado de artistas como Baianasystem, Daniela Mercury, Ney Matogrosso, Gaby Amarantos, Majur e Zeca Baleiro. Antes do show, em conversa com a imprensa, o artista relembrou a edição de 2001 do festival, quando foi vaiado pelo público.

“Volto ao Rock in Rio com nenhum vitimismo”, disse o artista. “Porque eu sou essa atitude, sabe? Se eu resolvi viver e morar numa favela até hoje, mesmo sendo um cara bem sucedido, isso identifica-se muito o que eu sou, né?”, complementou.

Além disso, Carlinhos disse que só resta agradecer e se manter nessa performance de verdade e respeito ao público. “O público não erra nunca, é ele que está me trazendo aqui pra botar esse pé de volta”, concluiu o artista. 

40 anos de tradição

São 40 anos de Rock in Rio – e, também, de Axé Music. Para Carlinhos, que diz estar muito bem acompanhado neste show especial, o Axé Music chegou em um momento duro, em que a força do rock nacional formava o que chamou de uma parede. “Nenhuma brasilidade era aceita e isso forçava muito os choques”, acredita. 

Mesmo assim, ele reconhece que os 40 anos de Rock in Rio choca “bonito” com os 40 anos do Axé Music. 

“Nós somos contemporâneos, é a mesma geração. Talvez estamos comemorando 40 anos de carreira, junto com o Axé que está comemorando 40 anos de carreira. Nós construímos esse gênero, cada um fazendo pesquisas. Às vezes juntos, às vezes separados, inventamos muitas loucuras", complementou Daniela Mercury, que estava ao seu lado na entrevista.

Para Daniela, essa é uma noite de todos os gêneros musicais. “É o rock que antecede a gente, mas que a gente engoliu as guitarras.. fora que a gente já tinha engolido os Tropicalistas também, a bossa de João, a gente é urbano, né, então a gente queria tudo, as harmonias…”, disse, sendo complementada por Carlinhos. “Deixando claro que engolir é degustar pra gente... É engolir no sentido antropofágico”, acrescentou Brown.

Fonte: Redação Terra
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