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STER usa funk para manter música clássica viva em novas gerações: 'Não ficou pra trás'

Em entrevista à Contigo!, a funkeira e violinista STER comenta sobre sua conexão com a música e seus objetivos ao unir o erudito com o popular

6 nov 2024 - 11h31
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A violinista e funkeira STER
A violinista e funkeira STER
Foto: Reprodução/Instagram e Divulgação/Washington Possato / Contigo

Depois de viralizar na web com vídeos interpretando hits do momento em seu violino, STER alçou carreira como cantora e já conta com dois projetos autorais: um álbum ainda não divulgado e o Funk Erudito, que conta com três singles inéditos — dos quais dois já estão disponíveis. Em entrevista à Contigo!, a artista que brilhou no Espaço Favela do Rock In Rio explica que usa o funk para manter a música clássica viva em novas gerações: "Não ficou pra trás", aponta.

Raízes na música

STER conta que sua relação com a música vem de berço: com uma mãe pianista e professora de música, a jovem foi estimulada a se aventurar no meio artístico muito jovem. "Ela sempre influenciou muito eu e a minha irmã para que crescêssemos envolvidas com a música. Seja em eventos relacionados à igreja, em qualquer tipo de evento na escola, ela sempre envolveu muito a gente, desde pequenininhas", compartilha.

O desejo da mãe, segundo a cantora, era que ela aprendesse a tocar piano, mas o instrumento que a conquistou definitivamente foi o violino. "Vi o violino pela primeira vez em um filme da Barbie e me apaixonei pelo instrumento. Falei: 'Mãe, é esse o instrumento que eu quero aprender'. Tinha 8 anos", relembra.

Determinada, STER uniu as aulas de violino ao aprendizado de outros instrumentos, como o piano, mas acabou abandonando os demais e se dedicando apenas ao seu escolhido: "O violino é um instrumento complexo e eu estava muito empenhada em aprender para seguir carreira, então, quando comecei a tocar violino, deixei os outros instrumentos de lado".

Antes de aprender a conduzir o instrumento, a jovem já estava imersa no mundo das artes e, sem perceber, se transformou em uma artista completa. STER participou de corais, diversos eventos e, ao acompanhar a mãe no trabalho, teve aulas de dança — que futuramente seriam essenciais para as coreografias de seus clipes.

"Nem sei como isso foi acontecendo, mas eu sempre fui muito envolvida com todas essas áreas da arte. Sendo na dança, no teatro, no vídeo... Essa arte de filmar, essa arte de você captar, sabe, momentos. Desde novinha aprendi tudo isso e agora, nessa minha carreira, consegui voltar aos meus antigos hábitos", comenta.

Estrela na internet

A carreira de STER deslanchou, de fato, quando um de seus vídeos viralizou no TikTok. "Foi um vídeo que eu postava sempre, toda semana, e já estava cansada de nunca viralizar", relembra. Com o sucesso do vídeo usando o violino para interpretar funk, a artista foi parar em programas de televisão como o Encontro, da Globo, e entrou no radar como um novo talento da música brasileira.

Antes, STER pensava na possibilidade de seguir carreira como violinista e ir para o exterior estudar música, mas com a boa recepção ao seu trabalho, decidiu que deveria se dedicar a unir o funk ao clássico e mostrar que ambos gêneros podem e devem ser ouvidos em conjunto.

"Depois fui ao Encontro e as coisas foram acontecendo muito, muito, muito lindamente, mas eu realmente não esperava. Fiquei muito feliz. Foi uma confirmação de que era para tudo acontecer e para eu chegar onde estou hoje", reflete.

O funk com o clássico

A cantora define seu trabalho como uma via de mão dupla para os dois gêneros: enquanto o erudito ajuda a combater o preconceito envolvendo o funk, o funk revitaliza e populariza a música clássica, raramente vista pelos jovens como opção.

"Quero que, com a minha música, as pessoas entendam que a música clássica não é aquilo que ficou pra trás. Ela não é o passado. A gente pode, sim, viver num século onde as coisas são mais dinâmicas. Agora as músicas são ouvidas de uma forma diferente, mas não significa que a gente não possa aproveitar o som dos instrumentos", diz.

A artista conta que, em seus projetos, tenta dar uma amostra do que é a música clássica, para as pessoas poderem se familiarizar e se conectar com o estilo. "E, ao mesmo tempo, trago o funk para as pessoas entenderem que ele não é o barulho. O funk é um ritmo muito potente, muito forte", afirma.

"Tanto quanto a música clássica, ele pode, sim, nos conectar, nos trazer emoções e sentimentos, porque é música. Gosto de unir esses dois ritmos porque acho que eles são extremamente fortes e, quando unidos, são mais fortes ainda", pontua.

Próximos projetos

Comemorando o lançamento dos hits Anel e Encaixa, STER instiga o público sobre seu álbum e o próximo single de Funk Erudito. "Estamos agora terminando o ano, mas assim, de força total para que 2025 possam sair muitas e muitas novidades. Não posso dar spoiler, mas quem estava no show do Rock in Rio viu, porque eu apresentei ela pela primeira vez também", revela.

No palco do Rock in Rio, a artista cantou músicas de seu álbum inédito, fez uma homenagem à Elza Soares interpretando o clássico A Carne e, disfarçadamente, também revelou a terceira música de seu projeto de sucesso. 

"Só posso dizer que ela está incrível e que tem um spoiler no clipe de Encaixa. Então, se você quer um spoiler de qual música é, é só assistir ao clipe de Encaixa que no finalzinho dou um grande spoiler do que está vindo", finaliza.

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