Fresno: não dá para aceitar executivo de gravadora criticando sua música

Os gaúchos do Fresno são convidados de Lorena Calábria no Terra Live Music desta quinta-feira (28)

O grupo comentou sobre o novo momento: a independência após passar pela gravadora Universal

"Logo que a gente saiu da Universal (Music), surgiram propostas de outras gravadoras. Mas era uma fase em que não estávamos lançando nada, só fazíamos shows e apenas pensávamos no que fazer depois em termos de música", disse o vocalista e guitarrista da banda, Lucas Silveira

A banda de Porto Alegre conquistou a independência quase uma década depois de terem lançado seu primeiro disco de estúdio, 'Quarto dos Livros', em 2003

"Então decidimos gravar nosso novo disco logo por conta própria. Se for para ser lançado por uma gravadora, ele irá para ela pronto. Isso é bom, porque eu não consigo aceitar que um executivo de gravadora nos diga que uma música não vai rolar. Ele não conhece a gurizada, nunca ouviu uma música nossa, nunca viu um show nosso. Gravamos da maneira mais livre possível e, assim, tudo o que está lá no disco é culpa nossa.", continuou o vocalista

No entanto, tal sentimento em relação à música já existia antes do rompimento com a gravadora que até 2010 lançou todo os seus trabalhos. Revanche, por exemplo, último disco de inéditas, teve aval da Universal, apesar de trazer um som bem mais pesado e menos comercial do que seus antecessores. "Tivemos liberdade da gravadora para fazê-lo, o que, na época, foi primordial"

No Terra Live Music, o Fresno tocou as faixas 'Revanche', 'Evaporar' e 'Redenção'

Apresentado por Lorena Calábria, o Terra Live Music desta quinta-feira (28) recebeu os gaúchos do Fresno

O grupo é formado por Lucas Silveira (voz e guitarra), Gustavo Mantovani (Guitarra), Rodrigo Ruschell (Bateria) e Mario Camelo (Teclado)

"A liberdade na música é uma responsabilidade. Tem pessoas que se sentem mais à vontade amarradas, fazendo sempre o mesmo. Mas nós queriamos expandir. Misturar música clássica com rock, fazer um som mais pesado. E fazer isso requer muito aprendizado, muito estudo, o que não tínhamos antes", explicou Silveira.