The Town: fãs usam fralda para não perder lugar na frente em show da Demi Lovato
'Colocamos hoje de manhã porque não tem possibilidade da gente perder a grade'; festival começou na tarde deste sábado, 2, em Interlagos
Amor de fã realmente pode romper barreiras. A do medo e a do sono com certeza foram ultrapassadas pelo tatuador Roberto Feltran, de 25 anos, e pela funcionária pública Camila Lamin, 24, que desde quinta-feira, 31, acamparam na frente do Autódromo de Interlagos, onde ocorre o The Town, pela sua idolatria a Demi Lovato.
"Temos um grupo com 14 pessoas e a gente ficava revezando: vinha um grupo de manhã, outro de tarde, mais um de madrugada", descreve Camila. "Pela Demi eu dou a minha vida."
Apesar das dificuldades enfrentadas por acampar na rua por dois dias, eles afirmaram que o espaço estava bastante policiado. "Eles até passaram o telefone pra gente acionar caso houvesse qualquer tentativa de assalto ou violência", diz Roberto.
Os portões da 1.ª edição do The Town abriram pontualmente às 14h deste sábado, 2, e o show tão esperado acontecerá somente à noite, depois das 20h, mas a dupla tem um segredo para aguentar tanto tempo. "Estamos de fralda porque não tem possibilidade da gente perder a grade. Dessa grade aqui só a grade do palco", afirmou Roberto.
"Colocamos hoje de manhã porque não tem possibilidade da gente perder a grade. Nos outros dias usamos os banheiros das padarias e bares da rua", explica Camila. "Depois da Demi vai ser a hora pra gente aproveitar o festival", afirmaram.
Já os amigos Natália Rabelo, de 26 anos, e Lucca Santos, 23 anos, chegaram às 5h de hoje também pela cantora americana. "Depois de tantos anos acampando para ver show, para conseguir lugar na grade, a gente aprendeu que tem um pouco de sorte também em chegar lá na frente", explica Natália.
"Vamos assistir Tasha e Tracie, às 14h40 no palco The One e depois vamos pro Skyline guardar lugar. Mas também já fizemos amizade com os fãs do Post Malone para revezar na grade", diz Lucca.
Se para alguns a companhia é essencial, para a aposentada Zilda Dourado, de 70 anos, isso não é um problema. Preparada com mochila, boné e tênis de corrida, ela veio da Bahia, sozinha para curtir o dia. Chegou às 9h e encontrou uma grande quantidade de pessoas já prontas para entrar.
"Estou aqui mais para ver o espaço, conhecer o festival. Não tenho preferência de artista, mas estão falando bem dessa Demi Lovato", admitiu.
"Todos querem chegar à minha idade com meu espírito. Vou ficar meio de longe, não vou ficar lá perto (do palco), não. Aí é loucura. Só de estar aqui já valeu", conta.