"Tivemos uma vida triste", diz viúva de baterista do Ramones
Claudia Tienan criticou homenagens "cínicas" após a morte de Tommy Ramone. "Nunca teve esse amor quando vivo", disse
Viúva de Tommy Ramone, ex-baterista dos Ramones, que morreu na última sexta-feira (11), Claudia Tienan comentou, através do Facebook, as diversas homenagens vindas de fãs e da imprensa após a morte do músico.
"Tão triste essa perda. Eu só gostaria que ele (Tommy Ramone) estivesse aqui para sentir todo esse amor que ele nunca recebeu enquanto esteve vivo. Ele acharia tudo tão legal e, ao mesmo tempo, uma besteira", diz ela, que continua: "nós tivemos uma vida tão triste e, novamente, eu gostaria que ele estivesse aqui para ver todos os comentários cínicos do chamado 'Jogo da Fama', seria tão fabuloso", desabafou.
Nascido na Hungria em 29 de janeiro de 1952 como Erdelyi Tamas, Tommy se mudou para os Estados Unidos nos anos 50. O baterista foi um dos quatro fundadores da banda Ramones, em 1974, ao lado do vocalista Joey Ramone, do baixista DeeDee Ramone e do guitarrista Johnny Ramone.
Tommy participou dos três primeiros álbuns da banda - Ramones (1976), Leave Home (1977) e Rocket to Russia (1977) - , e compôs dois dos grandes sucessos do Ramones: I Wanna Be Your Boyfriend e Blitzkrieg Bop. Pouco depois, deixou a banda para focar na carreira de produtor. Ele foi substituído por Marc Bell (Marky Ramone).
A banda acabou em 1996 após o festival Lollapalooza, mas o legado que deixaram com sucessos como I Wanna Be Sedated, Judy Is a Punk e Beat the Brat os transformou em um dos nomes mais míticos do punk rock.
O primeiro membro da formação original a morrer foi Joey, cujo nome verdadeiro era Jeff Hyman, em 2001, por conta de um câncer linfático. No ano seguinte, Douglas Colvin, nome real de DeeDee, morreu por conta de uma overdose. Em 2004, morreu de câncer de próstata Johnny, cujo nome verdadeiro era John Cummings. Tommy morreu vítima de um câncer no ducto biliar.