Top sertanejo: aprenda a tocar as 10 melhores músicas de sofrência
Assim como o samba, a música sertaneja é um patrimônio imaterial da cultura brasileira. Tudo começou lá em 1929, quando o agitador cultural Cornélio Pires começou a gravar "causos" e fragmentos de cantos tradicionais do interior de várias partes do Brasil.
De lá pra cá, como não poderia ser diferente, o estilo soube se reinventar, se desdobrar e se adaptar. Em algum momento desses 90 anos de história, o sertanejão viu os lamentos do homem da roça darem lugar aos embalos da cidade grande. Nesse contexto, inevitavelmente, as temáticas da música sertaneja trocaram o cotidiano simplista do campo pelas badalações e, no meio dessa metamorfose toda, surgiu a sofrência.
Por aqui, você já sabe, todo e qualquer estilo musical recebe seu devido respeito e reverência. Sendo assim, o post de hoje presta uma homenagem a um dos capítulos mais importantes da história da música brasileira popular. Nas próximas linhas, você vai conferir as melhores sofrências que o sertanejo já nos deu. Desde já, te adianto que listei canções de várias épocas.
Ficou curioso pra "conferir esse billete"? Então, continue comigo e se ligue nos sons que você vai tirar aí no seu violão:
- Evidências
- Ainda Ontem Chorei de Saudades
- Todo Mundo Vai Sofrer
- Vida Vazia
- Você Faz Falta Aqui
- Cem Mil
- A Gente Nem Ficou
- Largado Às Traças
- Eu Era
- Cobaia
Prepare aí o seu violão, suas palhetas e aqueça bem a voz! Ah, mantenha alguns lenços por perto, pois, cê já sabe que muita lágrima vai rolar
Evidências - Chitãozinho e Xororó
Fruto de uma parceria de José Augusto com Paulo Sérgio Valle, Evidências surgiu no final da década de 1980. Num primeiro momento, essa música foi gravada pelo cantor romântico Leonardo Sullivan. Porém, como todo mundo sabe, foi com Chitão e Xororó que a faixa ganhou vida e canção virou uma espécie de "hino não oficial brasileiro". A letra fala sobre jogos sentimentais, trapaças usadas na arte da conquista e, principalmente, saudades.
Ainda Ontem Chorei de Saudades - João Mineiro e Marciano
Escrita pelo cantor, ator, compositor e humorista Moacyr Franco, Ainda Ontem Chorei de Saudades foi lançada em meados dos anos 80. Trata-se de uma canção que fala sobre morrer de amor ou de ciúmes, reler cartas antigas, brigar contra os sentimentos, etc e tal! Imortalizada na voz da saudosa dupla João Mineiro e Marciano, essa música é um símbolo da época em que a sofrência não era necessariamente vivida no bar.
Todo Mundo Vai Sofrer - Marília Mendonça
A cantora Marília Mendonça está para sofrência, assim como Elvis Presley está para o rock and roll. Explicando a analogia: nenhum deles inventou o estilo musical em que está inserido, mas, ambos promoveram imensuráveis revoluções em seus respectivos rolês.
Em Todo Mundo Vai Sofrer, Marília canta sobre as mais variadas formas de dependência que há em muitos relacionamentos por aí. Só que no meio disso tudo, a história também aborda algumas das possíveis derrotas no jogo da conquista.
Vida Vazia - Bruno & Marrone
Lançada em 1999, Vida Vazia é uma das várias músicas que até hoje ajudam a manter Bruno & Marrone no panteão dos gigantes da música sertaneja. De uma forma bem simples e direta, essa canção fala sobre solidão, abandono crise existencial e vários outros efeitos colaterais causados por uma separação.
Você Faz Falta Aqui - Maiara & Maraisa
As gêmeas mais poderosas do sertanejão também são peritas em cantar "uns modão doído". Nesse hit lançado em 2016, Maiara & Maraisa cantam sobre as dificuldades de encarar a vida depois que mozão mete o pé na estrada e vai viver uma outra vida.
Cem Mil - Gusttavo Lima
Antes de ser "O Embaixador" [da festa do peão de Barretos], Gusttavo Lima já era o "inventor dos amores". A bem da verdade, no entanto, é que esse mineiro cruzeirense tem a manha de cantar músicas que vão do romance perfeito ao estado mais deplorável de sofrência.
Em Cem Mil, GL abre o coração e deixa claro que vive o drama de não saber se deve reatar com o crush número 1 da vida. E para ilustrar esse dilema todo, ele usa a tática do "morde e assopra", isto é, fala sobre nem conseguir mais dormir, mas também espalha boatos mentirosos sobre o love.
A Gente Nem Ficou - Jorge e Mateus
Lembra do papo sobre "sentir saudades do que a gente ainda não viveu"? Pois é: a dupla Jorge e Mateus veio com essa prosa bem antes do Neymar ver sua vida pessoal ganhar mais contornos do que seu talento pro futebol. Na icônica A gente Nem Ficou, a principal dupla do sertanejo universitário canta os seguintes versos:
Largado Às Traças - Zé Neto & Cristiano
Você aí, amigo leitor, já ouviu falar dos perrengues que uma pessoa abandonada pelo love enfrenta? Em alguns casos, sobretudo os vistos nas sofrências, o pé na bunda é tratado na base da "álcoolterapia". Só que no caso apresentado em Largado Às Traças, esse remédio não resolve o problema direito e a saudade acaba sendo um incêndio que Zé Neto & Cristiano apagam com gasolina.
Eu Era - Marcos & Belutti
Sabe quando bate aquele arrependimento por tomar atitudes erradas? Sabe quando joga na sua cara as mancadas que você já deu? Então… Eu Era é justamente sobre isso! Nessa maravilhosa canção, Marcos & Belutti cantam sobre a sofrência que a parte vacilona da relação é obrigada a encarar.
Cobaia - Launa Prado
Você, ou alguém de sua turma, já passou pela situação de fazer de tudo para ter a existência notada pelo crush? É "cobaia" que fala, confere? Nesse caso, parece que vale tudo pra ter a atenção do mozão em potencial. É inegável, no entanto, que essa modalidade de sofrência é relativamente uma forma de submissão. E disso tudo, a Lauana Prado entende muito bem.
Saiba mais sobre música sertaneja
E se você gosta de música sertaneja, não vá embora sem antes conferir os outros conteúdos que tenho pra te aplicar! Se liga na qualidade do papo reto:
- Trajetória sertaneja: dos causos caipiras aos temas empoderados!
- Top 10 sertanejo: confira as melhores músicas de Eduardo Costa
- Da rejeição a hit mundial: saiba como surgiu a música Evidências
Agora, basta você repassar essas músicas e aumentar, ainda mais, o nível de versatilidade do seu repertório. No mais, me despeço com três palavrinhas: "caba não, mundão"…