Trap supera sertanejo nas paradas musicais: Entenda o fenômeno
Estilo nasceu no sul dos EUA com batidas graves e letras sobre ostentação e superação. Ele foi incorporado ao pop global, ganhou tempero brasileiro e cria ídolos como os paulistas Kayblack e Veigh, que chegaram ao topo do Spotify no mundo
O que é trap?
O trap surgiu como uma variação do rap dos EUA. O primeiro nome da cena foi Gucci Wane, em 2005. O gênero une batidas graves com letras sobre diversão e conquistas financeiras e sexuais, que refletem o desejo de ascensão social de milhões de jovens pelo mundo.
Diferença entre trap americano e brasileiro
Enquanto o trap dos EUA é marcado pelo uso de sintetizadores e AutoTune (efeito vocal), o ritmo aqui no Brasil reforça um recurso: as frequências graves utilizadas no funk e samba. O tambor se tornou o 'tempero' no trap brasileiro.
Representatividade no mainstream
O trapper Veigh disse à reportagem que seu sucesso é um marco para outros jovens da periferia que veem suas vivências sendo transformadas em música que 'furam a bolha'. "De onde eu vim, fui o primeiro artista a crescer assim e carrego a responsabilidade de mostrar que é possível", disse o artista.
Oportunidade de vida
Kayblack, que também bombou no trap com o EP Contradições, enxerga no gênero musical uma forma de pessoas da periferia prosperarem. O irmão do Mc Caveirinha diz que: "dar a voz à nossa periferia é mostrar para quem está lá que o trap é a oportunidade que eles podem ter de mudar de vida".
Conheça outros nomes do trap nacional
No Rio de Janeiro, outros nomes em ascensão são: Filipe Ret, L7 e MC Cabelinho. Em Fortaleza, Matuê e WIU se destacam. Na Bahia: Teto e Cryzin. Minas Gerais conta com Sidoka, Abbott Og e Braão.
Mulheres no trap
Nomes femininos fortes da cena são: N.I.NA, Tasha e Tracie, Ajuliacosta e Mc Luanna.
Veja no Estadão mais sobre a expansão do trap no Brasil e a entrevista completa com Kayblack e Veigh