Um giro pela cena musical do Pará, casa do Festival Psica
Nos dias 15, 16 e 17 de dezembro, em Belém, acontece o Festival Psica, dentre os destaques da programação temos shows de Alcione, Jorge Ben, Gaby Amarantos e muito mais.
A cena musical do Pará, terra do Psica, é gigante. Hoje, vamos fazer um giro nessa terra quente que abre as portas para um dos festivais com maior diversidade no Brasil.
No Pará, brega e o tecnobrega nasceram com a mistura da música local com o eletrônico, em meio a letras que narram desencontros amorosos, o empoderamento feminino e situações vividas no cotidiano do povo paraense.
A lambada também é um ritmo forte no Pará. Apesar da maior parte do público achar que o gênero no Brasil nasce no nordeste, na realidade ele vem da terra do Psica. Nomes como Gaby Amarantos, Gang do Eletro e Felipe Cordeiro, trouxeram um hype forte nos últimos anos para a música Paraense, porém, o gênero é absolutamente consolidado e exporta cultura para todo o mundo.
Para além dos ritmos tecnológicos que a música do Pará promove, também podemos citar o Samba Amazônico, artistas como Karen Tavares, Mariza Black e Arthur Espíndola, reforçam o sentido de originalidade, pluralidade e ancestralidade em suas canções.
A força dos nossos povos indígenas no Pará é gigante. O carimbó carrega a ancestralidade, se apresentando como uma das principais representações artísticas dos paraenses.
O Psica é um Festival preto, periférico, amazônida e realizado de forma independente, o Psica traz a diversidade no DNA. Somam-se ao time do evento vários artistas e profissionais LGBTQIA+, desde designers, produtores, comunicadores, roadies e técnicos.
Por fim, colocando Belém do Pará na rota dos festivais independentes do Brasil, o Psica 2023 reúne grandes nomes da música brasileira e representantes da cultura preta. A identidade regional, explorando a periferia preta da Amazônia, também é marca do evento, trazendo diversos mestres da cultura paraense e grandes aparelhagens de tecnobrega.
Vamo nessa?