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Nu de Modigliani é vendido por R$ 568 milhões em leilão

15 mai 2018 - 08h54
(atualizado às 09h58)
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Um retrato de um nu feito por Amedeo Modigliani foi vendido pela casa de leilões Sotheby's por 157,2 milhões de dólares (R$ 568 milhões) na noite de segunda-feira, o quarto maior valor pago por uma obra de arte em um leilão, mas sem estabelecer um novo recorde para o artista.

"Nu couché", quadro de Amedeo Modigliani vendido por 157 milhões de dólares em leilão em NY 24/04/2018 REUTERS/Venus Wu
"Nu couché", quadro de Amedeo Modigliani vendido por 157 milhões de dólares em leilão em NY 24/04/2018 REUTERS/Venus Wu
Foto: Reuters

A Sotheby's havia estimado que o preço de venda de "Nu couché (sur le côté gauche)" ultrapassaria os 150 milhões de dólares, o que fez da pintura a óleo de 1917 a obra de arte de mais alto valor estimado pré-leilão da história dos leilões.

Mas por somente atender as expectativas e não estabelecer um recorde, nem mesmo para um Modigliani, a tela ficou aquém de uma série de obras cobiçadas leiloadas recentemente, com destaque para "Salvator Mundi", de Leonardo da Vinci, que chegou a 450,3 milhões de dólares na rival Christie's, em novembro, depois que vários colecionadores de primeiro escalão competiram arduamente.

A obra de Da Vini recebera uma estimativa pré-venda de 100 milhões de dólares.

A Sotheby's logo observou, ainda no decorrer do leilão, que "Nu couché" atingiu o maior preço de qualquer obra nos 274 anos de sua história.

Um sinal da disparada dos preços na alta esfera do mercado de arte foi a mesma pintura ter sido vendida em 2003 por 27 milhões de dólares.

Mas não foi possível negar que poucos colecionadores disputaram a obra, que ficou atrás do recorde de 170,4 milhões pagos por um conjunto de obras de Modigliani em 2015.

Representantes se viram obrigados a caracterizar a venda como "padrão", uma admissão tácita de que não se testemunhou o esbanjamento visto em leilões recentes tanto na Sotheby's quanto na Christie's.

"Não foi um salão exuberante", disse Simon Shaw, codiretor de arte impressionista e moderna, à Reuters mais tarde, mas acrescentando que "foi uma venda ordenada, eficiente, que atingiu um total dentro de sua faixa estimada".

De fato o leilão arrecadou 318,3 milhões de dólares, superando a estimativa pré-venda mais modesta de 307,4 milhões. Dos 45 lotes em oferta, 71 por cento encontraram compradores.

Entre os outros destaques estão "Le Repos", de Pablo Picasso, que atingiu 36,9 milhões de dólares e superou a estimativa de 35 milhões, e "Matinée sur la Seine", de Claude Monet, que rendeu 20,55 milhões de dólares, mais perto do valor mais baixo da estimativa de 18 a 25 milhões de dólares.

"Lake George with White Birch", de Georgia O'Keefe, foi vendido por 11,3 milhões de dólares, quase o dobro do preço estimado, mas outro Picasso, "Femme au chien", avaliado entre 12 e 18 milhões, não foi vendido, já que os lances não excederam os 11 milhões de dólares.

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