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O músico do Red Hot Chili Peppers do qual Flea não é próximo

Baixista revelou que a questão não é inimizade, mas apenas uma falta de proximidade na comparação com os demais integrantes da banda

16 abr 2025 - 17h47
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Flea, do Red Hot Chili Peppers
Flea, do Red Hot Chili Peppers
Foto: Roberto Ricciuti / Getty Images / Rolling Stone Brasil

A parceria musical entre os dois membros da "cozinha" do Red Hot Chili Peppers — o baixista Flea e o baterista Chad Smith — está entre as mais afiadas do rock. A dupla toca junta desde 1988, quando Smith entrou para a banda e pôs fim a uma incessante procura por um titular estável das baquetas.

Curiosamente, porém, os dois não são grandes amigos. Ao podcast Broken Record (via Music Radar), do produtor Rick Rubin, Flea confessou que sua relação com o colega de banda é bem mais profissional do que pessoal.

O baixista declarou ter conexões mais profundas com os outros dois integrantes: o cantor Anthony Kiedis, seu parceiro desde a fundação do grupo, e do guitarrista John Frusciante, que, apesar de várias idas e vindas, entrou também em 1988. Sobre o outro membro, ele diz:

"Com Chad é engraçado, porque meu relacionamento com Anthony é muito pessoal e muito parecido com o de irmãos. Meu relacionamento com John também é muito pessoal, emocional, intuitivo, conectado. Mas meu relacionamento com Chad é que não saímos juntos fora da banda. Nunca. Provavelmente já estive na casa dele só uma vez, é uma coisa diferente."

O relacionamento entre Flea e Chad, de acordo com o baixista, ocorre de forma "muito fundamentada e rítmica". Também em suas palavras, não há "besteira" entre os dois.

"Não que os outros tenham besteiras com relação a isso, mas Chad e eu conversamos apenas pelo olhar. Muito raramente falamos sobre questões emocionais e espirituais ou até mesmo coisas que nos incomodam ou aspirações. É só que nós mandamos ver com alguns grooves. [risos]"

Flea e o constrangimento com Chad Smith

Ainda na mesma entrevista, Flea se recordou de uma ocasião onde a esposa de Chad Smith, Nancy, pediu filmagens em que os músicos de Red Hot Chili Peppers falam sobre o baterista. A intenção era montar uma homenagem a ele em seu 50º aniversário, há mais de uma década.

"Eu meio que disse: 'Olha, Chad e eu, não falamos emocionalmente sobre essas coisas sobre as quais eu normalmente falaria nessas circunstâncias'. A gente se fala por intermédio da música, olhando um para o outro e sabendo quando trabalhar em um ritmo, quando eu devo fazer algo ou quando ele deve fazer algo. Todas essas complexidades de ritmo que dão cor a uma música de forma tão profunda. E fazemos isso olhando um para o outro."

O baixista ficou até um pouco envergonhado pela ocasião. Todavia, uma reflexão específica o fez entender que ele não deveria sentir-se constrangido.

"Eu acabei chegando à seguinte conclusão: por que diabos eu deveria sentir que isso é menos significativo do que conversar, falar sobre nossa maldita 'criança interior' ou algo assim? Essa é uma bela conversa que Chad e eu compartilhamos e sou muito grata por isso. É assim que somos e isso é incrível."

A capacidade do baterista do Red Hot Chili Peppers

Por fim, Flea destinou uma série de elogios a Chad Smith. O talento e o poder do baterista foram exaltados por seu colega de décadas.

"Chad é tão poderoso, como fisicamente poderoso na bateria. A dinâmica que ele pode alcançar… o potencial de onde ele pode ir é como uma manada de elefantes. A força física, o volume e a força de onde ele pode ir estão sempre lá. Eu posso olhar para ele e dizer: 'aqui vamos nós, filho da p#ta'. E eu sei que ele vai explodir como uma p#rra de uma bomba nuclear. Eu que me vire para lidar com isso, sabe? E também tipo: 'ei, é hora de ficar realmente sutil, quieto e bonito'. Ele também é capaz disso. Muito dinâmico."

Uma comparação entre Smith e o lendário baterista do Led Zeppelin, John Bonham, foi feita para encerrar a declaração.

"Chad é um baterista muito tradicional, um baterista de rock de verdade, estilo Bonham. Ele pode tocar mais pesado do que qualquer baterista que já vi em toda a minha vida. Isso me dá tantas opções. Eu posso fazer uma entrada com ele e de repente fica tudo bem pesado. Ou então posso dançar em meio à linha de bateria e isso gera algo totalmente diferente se eu fizer linhas sincopadas, entre os buracos do ritmo. Isso abre muitas possibilidades."

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