"A Fazenda" sofre com narrativa repetitiva e falta de trama
Chance de o reality show apresentar alguma virada ocorrerá na próxima roça
Chega um momento de reality shows de confinamento em que o favoritismo de determinado participante fica claro e, na maioria das vezes, prever seu desfecho deixa de ser um desafio. Ainda assim, histórias paralelas seguem acontecendo, seja entre amigos planejando ou casais discutindo. O que tem se visto em "A Fazenda", da Record, é que a história estagnou desde a terceira semana de jogo.
Ao consolidar a antipatia da maior parte dos peões por Sacha Bali, o que se vê é um constante repeteco a cada rodada do jogo. Completamente equivocados, os companheiros de programa raramente mudam seus alvos e, quando o fazem, o fazem para atingir o ator. A perseguição fica tão clara que até mesmo os debates e brigas parecem previsíveis e chatos.
O desespero de quem está confinado parece o mesmo do espectador: ninguém vira o disco e, quanto tenta, o faz da pior maneira. Albert, ao tentar se colocar como grande rival de Sacha, acaba descendo a níveis muito baixos de machismo e provocações - nesta semana, pediu para Sacha medir sua pressão segurando em suas partes íntimas. Já Sidney Sampaio não consegue disfarçar o ego ferido.
Falta em "A Fazenda" um antagonista à altura do favorito. O problema é que falta carisma a todos os integrantes do time oposto. Na roça da vez, no entanto, haverá uma chance de mudar o rumo da história: pela primeira vez, os aliados de Sacha poderão se enfrentar entre si e o grupo sofrer uma baixa.
Resta saber se com isso o programa ganhará novos rumos. A essa altura, acho difícil.